Agosto 2021

Andar o mais depressa possível

Pedro Paixão entrará no Rali Vinho da Madeira com a vontade de “andar o mais depressa possível. No entanto, o mais importante é terminar. Claro que gostaria de ganhar este rali, é um sonho de criança, mas os meus adversários são bastante fortes. Penso, sobretudo, nos meus principais adversários no campeonato regional. Será uma tarefa difícil pois eles detêm muito mais experiência do que nós numa prova em que tal pode ser determinante. Apesar de tudo, a nossa rapidez pode se evidenciar”. Pedro Paixão tem 26 anos de idade e começou nos ralis há 5. Em 2016, o piloto estreou-se com um Toyota Yaris mas nas provas seguintes esteve ao volante de Peugeot 208 R2 e Opel Adam R2.  Ainda nessa temporada passou para o volante de um Renault Clio R3 com que foi, sucessivamente, vencendo a classe e foi pela primeira vez a um pódio absoluto em 2017, em Machico. Em 2019 começou a utilizar Skoda Fabia R5 e a incomodar as referências no arquipélago. Em 2021 o piloto dispõe de um Skoda Fabia Rally2 Evo e é terceiro no campeonato regional depois de ter sido terceiro na Ribeira Brava e quarto em Machico.

Estar na luta pelo pódio

O espanhol Jan Solans revela que “é um prazer correr na Madeira. O Rali Vinho da Madeira é uma prova mítica, pela qual sempre passaram grandes nomes do automobilismo, e só posso estar contente de poder participar. Esta é a minha primeira vez no rali e não conheço as estradas. Pelo que ouvi, tem locais muito rápidos e em que o conhecimento é importante. No entanto, espero poder vir a lutar pelo pódio. Tenho sido bem aconselhado e conto poder me adaptar rapidamente”. Solans tem 23 anos e deu os seus primeiros passos nos ralis há cinco, em 2016. Realizou a estreia com um Peugeot 208 R2 mas depois realizou a restante temporada com um Mitsubishi Lancer Evo IX e foi com essa viatura que venceu o ERT2 do FIA Iberian Rally Trophy desse ano. Regressou para duas temporadas com o Peugeot e foi campeão espanhol de terra na sua classe em 2018. Em 2019 migrou para o WRC com um Ford Fiesta R2T e foi campeão mundial júnior. No ano seguinte passou a comandar um Ford Fiesta R5 e em 2021 a defender as cores da Citroën Espanha. Foi segundo nos ralis Sierra Morena e Tierras Altas de Lorca e terceiro no WRC3 no Rallye dItalia Sardegna.

Factos do Rali: recorde de vitórias

Antes de concluída a próxima edição do Rali Vinho da Madeira existem quatro pilotos com o maior número de vitórias, quatro, no evento. Por ordem cronológica, Américo Nunes, Andrea Aghini, Giandomenico Basso e Bruno Magalhães são os pilotos que puderam festejar tantas vezes o triunfo na prova que desde 1959 é promovida pelo Club Sports da Madeira. Tal como em anteriores participações, Magalhães poderá passar a ser o recordista absoluto de triunfos caso se imponha em 2021 com o seu Hyundai i20 R5. No entanto, ao “clube” poderá também se juntar Alexandre Camacho. O piloto madeirense recolheu os louros entre 2017 e 2019 e, caso vença este ano, alargará o lote. À partida da prova estarão outros anteriores vencedores, Adruzilo Lopes e José Pedro Fontes, ambos com um triunfo cada um.

Factos do Rali: 35 participações de José Camacho

José Camacho deverá arrancar na próxima quinta-feira, 5 de agosto, para aquela que será a sua 35ª participação no Rali Vinho da Madeira. O piloto madeirense, campeão regional em 1990, alinhou pela primeira vez na prova organizada pelo Club Sports da Madeira em 1985 e apenas não compareceu à partida em 2010 e 2011. Camacho, com 58 anos de idade, utilizou viaturas tão díspares como as versões 1.6 e 1.9 do Peugeot 205 GTi, Peugeot 309 GTi, Ford Sierra Cosworth 4x4, Opel Astra GSi, VW Golf GTi, Seat Ibiza Kit-Car, Peugeot 206 S1600, Fiat Grande Punto S2000 e Peugeot 208 T16. O seu melhor resultado foi obtido em 2004 quando foi quarto com um Peugeot 306 Maxi. Rui Fernandes, 32 presenças, é o segundo piloto com mais presenças na prova e Rui Pinto, que estreia nesta edição um Ford Fiesta R5 MkII, terá nesta a sua 29ª comparência ao evento. Entre os pilotos de fora da Madeira Bruno Magalhães lidera a tabela quando se apresta a participar pela 19ª ocasião numa prova que considera uma das suas preferidas.

Lutar pelo pódio do CPR

Bernardo Sousa regressa à Madeira num carro de competição. O piloto madeirense alinha na prova organizada pelo Club Sports da Madeira para “lutar pelo pódio no campeonato nacional. Todos os nossos adversários dispõem de carros muito mais recentes que o nosso e, nessas condições, não nos resta mais que ajustar os nossos objetivos. Será muito difícil lutar contra o Alexandre Camacho, Miguel Nunes e Pedro Paixão, até porque a nossa viatura deverá ser cerca de 0,5 segundo mais lenta em cada quilómetro. Não conseguimos testar antes mas esperamos, adentro das limitações, poder proceder a vários acertos antes de a prova ir para a estrada. Desde 2014 que não disputo este rali, precisamente um em que o conhecimento é muito importante à conquista dum bom resultado. Sem alguma alteração importante no nosso orçamento, esta deverá ser a minha última prova de 2021”. Sousa tem 34 anos de idade e estreou-se nos ralis em 2005 com um Ford Escort RS. No ano seguinte conduziu um Peugeot 206 S1600 no campeonato insular e um Skoda Fabia TDi na competição nacional. Em 2007 passou a dispor de um Mitsubishi Lancer Evo IX e obteve o seu primeiro triunfo absoluto no Porto Santo. Militou então vários anos e com diversas viaturas em escalões secundários do WRC. De permeio, em 2010, foi campeão nacional absoluto com um Ford Fiesta S2000. Em 2018 e 2019 correu no campeonato açoriano. Em 2021 regressou à atividade com um Skoda Fabia R5 e é quinto num campeonato nacional em que brilhou no Vodafone Rali de Portugal.

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