Agosto 2022

Reconhecimentos começam amanhã

As equipas inscritas no RVM 2022, estão a passar pela placa central da Avenida Arriaga, junto ao Centro Operacional do Rali, para colocar nas viaturas os GPS regulamentares. Os carros são idênticos aos utilizados no dia a dia, exibem no pára-brisas um autocolante fornecido pela organização do rali e no óculo traseiro uma outra placa com o número atribuído na lista de inscritos. A operação está a ser feita pela AM@WEB no horário entre às 19h00 e às 21h00.O sistema de posicionamento global GPS, será instalado nas viaturas de competição na próxima quarta-feira, durante as Verificações Técnicas.

Interesse pelo Rali com grande impacto nos Media e Redes Sociais

A Avenida Arriaga foi o cenário escolhido para a conferência de imprensa que decorreu esta tarde e que sentou à mesa José Paulo Fontes, presidente da Comissão Organizadora do RVM, Eduardo Jesus Secretario Regional de Turismo e Cultura e Dorita Mendonça, Diretora Regional de Turismo.  Para os oradores uma ideia é unanime “O Rali Vinho da Madeira é um evento Internacional, que combina a prova desportiva e a promoção turística resultando na dinamização do mercado regional”.  Nos relatórios da edição do ano passado o AVE (Advertising Value Equivalent – Avaliação de Valor Estimado) do RVM ultrapassou os 5.5 milhões de euros. Este alcance resulta da aposta que tem sido feita na comunicação da prova. José Paulo Fontes está convicto que este ano este valor será ultrapassado em muito, “vamos ter mais transmissões com a RTP Internacional, televisões nacionais e canais desportivos nacionais e internacionais… tudo faremos para que o retorno do apoio do Governo Regional seja largamente compensado”. Para este ano as transmissões em livestreamig são uma aposta forte da organização quer através do site, quer das redes sociais da prova, uma forma de levar o ambiente do RVM às comunidades internacionais, garantindo a grande projeção internacional do rali.  O Presidente da Comissão Organizadora considera que a grande divulgação do RVM nos meios de comunicação será importante porque “quando a Federação Internacional do Automóvel pense ou repense no futuro sobre os ralis internacionais, o nome da Madeira e do Rali Vinho da Madeira estará em cima da mesa, pelo ambiente que se vive, pela forma como nós acolhemos e vivemos o rali, uma prova inter-geracional”. José Paulo Fontes aproveitou a oportunidade para mais uma vez pedir desculpa “vamos causar transtornos a quem faz a sua vida no centro do Funchal, mas é por uma boa causa é pela Madeira, pela promoção da Madeira e pelo ambiente que se vive e que os madeirenses não dispensam”.  O Secretário Regional do Turismo e Cultura, Eduardo Jesus salientou a importância que o RVM é uma prova de referência regional, nacional e internacional, “o VAE é o produto da notoriedade criada pelo Rali Vinho da Madeira, o que permite tirar rapidamente uma conclusão: o investimento neste evento é multiplicado por dez apenas ao nível da notoriedade do próprio evento”.  O Secretario acrescentou ainda que “estamos seguros que o efeito multiplicador do RVM é muito superior a este valor do VAE e por isso queria deixar nota que só um evento especial consegue este efeito multiplicador. Precisamos de eventos que tenham esta capacidade de marcar presença da Madeira no exterior”. A Madeira é um destino que tem muito para oferecer. Site Oficial da Prova:  Mais de 9600 utilizadores, na última semana. 70% dos utilizadores são nacionais, os restantes internacionais   368 notícias publicadas +700.000€ de avaliação mediática  Redes Sociais + de 500.000 pessoas de alcance até ao momento

Lutar pela vitória

Bruno Magalhães participa com um Hyundai i20N Rally2 no Rali Vinho da Madeira, uma prova pela qual, “como é sabido, tenho um gosto especial. A viatura de que disponho é rápida e espero estar num nível acima do que mostrei no Faial para poder lutar pela vitória. Esta seria a minha quarta vitória consecutiva na Madeira para o CPR. Realizamos ainda mais um teste e teremos muita informação para utilizar para o acerto do carro. Antevejo um rali muito difícil mas que todos esperamos volte a ser a tradicional festa. Aconselho o público a manter o tradicional bom comportamento de segurança para que a prova possa aspirar a subir de escalão”. Magalhães tem 42 anos de idade e estreou-se nos ralis em 1999 com um VW Golf GTi 16V. Em 2002 passou a competir com um Peugeot 206 GTi e em 2004 ganhou o troféu monomarca com o modelo em 2004. Entre 2005 e 2011 representou a Peugeot e foi campeão nacional três vezes, entre 2007 e 2009. Entre 2014 e 2018 teve um programa internacional privado e foi vice-campeão europeu em 2017 com um Skoda Fabia R5. Em 2019 regressou ao campeonato nacional com a Hyundai, marca que ainda defende. Atual quarto classificado no CPR, venceu o Rali Vinho da Madeira em quatro ocasiões.

Lutar pelo "top five"

Bernardo Sousa volta ao Rali Vinho da Madeira com um Citroën C3 Rally2. O madeirense aponta como objetivo “lutar pelo pódio no CPR. Não estou com o mesmo ritmo dos meus adversários. No Rali do Faial consegui bons indicadores, mas esta prova é muito extensa. Este rali tem os seus segredos e algumas pequenas mudanças que existem este ano reduzem a vantagem do conhecimento. No entanto, os pilotos que correm habitualmente na Madeira têm sempre a vantagem de conhecer o nível de aderência. Queremos lutar pelo top five mesmo que, depois de 2019, só tenhamos feito cerca de 100 quilómetros com este carro…” Bernardo Sousa tem 35 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 2005 com um Ford Escort RS 2000. No ano seguinte alternou maioritariamente entre o Peugeot 206 S1600 no campeonato madeirense e um Skoda Fabia TDi na competição nacional. Usou nos dois anos seguintes um Mitsubishi Lancer Evo IX e obteve a sua primeira vitória no Porto Santo em 2007. Esteve depois numa campanha mundial com um Fiat Punto S2000. Regressou ao campeonato nacional, que venceu em 2010 com um Ford Fiesta S2000. Nos últimos anos não tem tido programas completos, mas apresta-se a disputar a restante temporada do CPR.

Uma simbiose entre diversas entidades

A Organização do RVM reuniu esta manhã as diversas entidades envolvidas na preparação do RVM 2022, para um balanço do trabalho efetuado por cada uma delas e o seu papel no sucesso da prova, um trabalho “coordenado e conjugado para que o rali possa fluir”. Pedro Araújo diretor da prova afirmou, na ocasião, que “sem a colaboração destas entidades o rali não podia ir para estrada”. Polícia de Segurança Pública A Polícia de Segurança Pública esteve representada pelo Subintendente Luís Teixeira Vieira, que afirmou que “neste momento a PSP tem tudo alinhavado e em perfeita sintonia com as instituições aqui presentes”, salientando a “forte conexão” entre a polícia e a organização. Houve reuniões preparatórias e reconhecimentos no terreno para articular todos os trabalhos. Nesta operação estão envolvidos cerca de 800 elementos da PSP. Câmara Municipal do Funchal Da Câmara Municipal do Funchal esteve presente Bruno Pereira, vereador com o pelouro do trânsito, proteção civil e bombeiros. O Rali Vinho da Madeira é “o maior evento de rua da Cidade do Funchal”, por isso são grandes as exigências ao nível da segurança. Foi necessário proceder a restrições e alterações em termos de trânsito, Bruno Pereira pediu a colaboração da população no cumprimento destas regras. Este ano, com a localização mais central do Parque Fechado, no Largo do Município, a Câmara teve um papel acrescido com a logística de instalação do espaço, que já está a decorrer. O regresso da prova especial ao Parque Ecológico do Funchal, foi também um assunto abordado pelo vereador, “iremos sensibilizar as pessoas para questões de segurança e ambientais”. Serviços de Proteção Civil O Subintendente Marco Lobato, vice-presidente dos Serviços de Proteção Civil, destacou a “parceria de longos anos com a organização do RVM”. Os Serviços de Proteção Civil têm um papel fundamental no socorro de participantes, do público e profissionais no local e uma vertente de prevenção e combate a incêndios. Estão mobilizados um efetivo de 45 meios auto e 106 meios operacionais, além de uma equipa da EMIR em permanência. Marco Lobato referiu que a proteção civil quer “contribuir para mais uma prova de sucesso. Apostando na sintonia e simbiose das diversas entidades e na articulação eficiente de todos os meios”. Instituto de Florestas e Conservação da Natureza O IFCN esteve representado na pessoa do seu presidente Manuel Filipe, que explicou o papel do Instituto nesta parceria, por um lado “a sustentabilidade ambiental, pois o rali tem como local de eleição as serras e os espaços florestais e áreas protegidas, o que faz com que tenhamos muitas pessoas a usufruir desses locais”. É preciso passar a mensagem, embora haja cada ano menos lixo, nunca é demais recordar a importância da sua e colocação nos contentores devidos. Por outro lado, há “uma grande preocupação com o fogo florestal”. É o ano com maior número de campistas, 3500 pessoas, em 1500 tendas, nas 20 zonas disponíveis para o efeito, que estão praticamente lotadas. O IFCN destacou 60 elementos de equipas de fiscalização, 10 carros do corpo da Polícia Florestal, além dos funcionários que colaboram de diversas formas. Manuel Filipe destacou na ocasião aquilo que considera ser um bom exemplo de sustentabilidade “utilizar madeira reutilizável para demarcação de locais, em vez de outros materiais”. O responsável salienta que “são pequenos passos para ajudar a elevar o RVM ao mais alto nível”.

Equipas no RVM: Sports & You

A equipa que movimentará mais meios na próxima edição do Rali Vinho da Madeira é a portuguesa Sports & You. Esta estrutura foi montada em 2006 e tem na sua direção José Pedro Fontes. Com sede em Valongo, esta escuderia assistirá nada menos que 12 viaturas nesta organização do Club Sports da Madeira. Ao seu cuidado estarão os seis Citroën C3 Rally2 de Alejandro Cachon, Bernardo Sousa, Emma Falcon, José Paula, José Pedro Fontes e Paulo Caldeira, os quatro Hyundai i20N Rally2 de Bruno Magalhães, Paulo e Pedro Meireles e Ricardo Teodósio, o Citroën DS3 R5 de Américo Gouveia e ainda o Peugeot 208 Rally4 de Fran Santana. A equipa traz à Madeira 3 camiões, 4 carrinhas e ainda 10 viaturas de apoio. Entre engenheiros, mecânicos, logística, hospitalidade e comunicação, a Sports & You terá 68 pessoas ao seu serviço. A área a ocupar pela estrutura no parque de assistência na Avenida Sá Carneiro será de 630 m2.

FIA ERT: O que é e como funciona?

O FIA European Rally Trophy nasceu em 2014 e sucedeu à Taça da Europa de Ralis. Nos moldes atuais, este é um troféu europeu de ralis que está dividido em seis regiões geográficas. Existem as zonas Alps, que engloba países como a França, Itália e Suiça, em torno dos Alpes, Balkan, integrando países como a Bulgária, Roménia, Turquia e Sérvia, ao longo dos Balcãs, Celtic, reservado à Irlanda e Reino Unido, Central, com países centrais como a Áustria, Rep. Checa, Croácia, Eslovénia, Polónia, Hungria ou Alemanha, Iberian para Portugal e Espanha e ainda Scandinavian para Suécia, Finlândia e Dinamarca. Em todas estas zonas são obtidos campeões não só ao nível absoluto (ERT1) como ainda para pilotos com viaturas Rally3 (ERT3), aqueles com carros Rally4 e Rally5 (ERT4), e Junior, para pilotos até 26 anos a 1 de janeiro de este ano e com viaturas enquadráveis no ERT4. De todas as zonas, os dez primeiros classificados de cada escalão estão também apurados para a Final. É nessa Final que se atribui o título absoluto  em todos os escalões. Em 2022 a Final terá lugar no Internationale ADMV Lausitz Rallye, a disputar na Alemanha entre 3 e 5 de novembro.  

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