O segundo piloto a reagir ao nosso desafio de responder ao questionário sobre as penalizações na super-especiais foi Miguel Barbosa.
Foi a penalização de Barbosa no rali de Mortágua que disparou a polémica e a discussão sobre o tema, sendo o único dos pilotos da frente do CPR a ter recebido 3 minutos de penalização por erro de percurso numa super-especial este ano.
Concorda com uma penalização de 3 minutos numa super-especial? "Depende, se a intenção for declaradamente maldosa, enganadora e com o intuito de ganhar tempo sim. E com isto não estou a falar obviamente de toques nas chicanes mas sim atalhar, fazer menos voltas a uma rotunda por exemplo, etc"
Concorda que a penalização seja atribuída independentemente de beneficiar ou ser prejudicado pelo erro? "Não. O meu exemplo de Mortágua é a resposta perfeita a esta pergunta. Eu próprio ao dar mais uma volta a rotunda já me estava a penalizar a mim próprio."
Veria com bons olhos que um colégio de comissários desportivos tivesse poder de decidir atribuir ou não uma penalização bem como decidir a extensão da mesma? "Seja qual for a forma de o fazer não pode ficar sobre a decisão de A, B ou C tem de ser algo de concreto. Pois podem haver vários pesos e medidas e todos temos avaliações diferentes o que é natural. Acho que é não complicar e regressar atrás no tempo. "
Se pudesse sugerir algo para mudar o regulamento das penalizações em super-especiais por enganos de percurso e toques nas chicanes, o que sugeriria? "Fazer chicanes fortes como são no caso do Rali Vinho da Madeira que quando se toca ou é um ligeiro toque onde nada se ganha ou então se se toca mais perde-se tempo e podemos danificar os carros. É só penalizar severamente os casos onde claramente existe uma intenção maldosa e calculada."
Estando a FPAK disposta a rever esta regulamentação, acha que deveria rever já ou deveria aguardar pelo final do ano? "Eu próprio, que fui um dos penalizados por esta regulamentação que não concordo, já transmiti a FPAK que deveria ser revista já. Isto, independentemente da possibilidade de haver novos casos e não ser aplicado aos meus adversários a mesma penalização a que eu fui sujeito." |