Rali Vinho da Madeira: Alexandre Camacho conquista o tri e Bruno Magalhães vence CPR

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Com uma atuação consistente, pautada pela rapidez, eficácia e determinação, a dupla Alexandre Camacho/Pedro Calado (Skoda Fabia) conquistou o 3.ª triunfo consecutivo no Rali Vinho da Madeira revalidou o título regional.

Uma vitória sem sombra de pecado da dupla que, praticamente, liderou desde início, confirmando na estrada o favoritismo que lhe era atribuído.

«Esta vitória teve duplo sabor, pelos recordes e pela conquista de mais um título regional – o 3.º consecutivo e o 4.º da carreira – e muito em especial pelo facto de termos perdido a liderança devido o nevoeiro, soubemos reconquistá-la e depois imprimirmos um ritmo forte perante um Pepe Lopez que esteve muito forte», referiu Alexandre Camacho. Vencedor de 13 das 19 especiais.

O jovem piloto espanhol Pepe Lopez (Citroën) brilhou a grande altura e foi a surpresa do rali madeirense

O jovem espanhol Pepe Lopez (Citroën C3) esteve brilhante na estreia neste rali a contar para o FIA European Rally: terminou no 2.º lugar, a 40,3 segundos, e foi a sombra do vencedor, em particular na etapa inicial, em que chegou a liderar, ainda que de forma efémera, quando o nevoeiro surpreendeu tudo e todos.

Com uma atuação consistente, Bruno Magalhães colocou o Hyundai i20 no último lugar do pódio, com mais 1.08,3 minutos, um resultado que valeu ao piloto lisboeta ser o melhor dos concorrentes do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR), relançando a candidatura à conquista do título nacional.

Bruno Maalhães (Hyundai) rubricou a melhor atuação da temporada, terminou no pódio, e impôs-se no CPR

«Nunca tínhamos sido competitivos esta temporada para lutar pela vitória; por isso, tenho de agradecer à equipa que, após um momento mau como sucedeu em Castelo Branco, fez um excelente trabalho. O carro esteve bastante melhor», sublinhou o piloto do Team Hyundai Portugal.

«Recuperámos não só a confiança, mas bastantes pontos em termos de campeonato», acrescentou Bruno Magalhães.

Apesar de alguns percalços, Miguel Nunes (Hyundai i20) terminou na 4.ª posição, com mais 1.26,2 minutos. «Não foi o que esperávamos, mas após o nevoeiro tentámos recuperar, mas fomos no sentido errado», justificou o piloto madeirense, que subiu uma posição na sequência da desistência de Giandomenico Basso. Um disco do travão do Skoda cedeu e o italiano deu um toque, que provocou a desistência, quando era 4.º classificado. «O carro funcionou mal com os pneus que utilizei. Tinha pouca tração», justificou Basso, que utilizou pela 1.ª vez o Skoda da Delta Rally, equipa pela qual se estreou.

Miguel Nunes (Hyundai) foi o 2.º melhor madeirenseNa luta pelos pontos do CPR, boa safra igualmente de José Pedro Fontes (Citroën C3), a garantir um resultado (2.º lugar) melhor que o desempenho, em particular na 1.ª etapa, como próprio piloto (5.º em termos de geral e vencedor da última classificativa) reconheceu.

«O nevoeiro atrasou-nos, mas foi culpa minha, pois foi uma situação igual para todos. Sofremos muito na primeira etapa, mas depois trabalhámos muito com o carro e saímos daqui com uma afinação melhor. Uma boa base para os próximos ralis», adiantou Fontes ao MOTOR 24.

José Pedro Fontes (Citroen) começou mal, mas terminou no 2.º lugar do CPR

Em plano inferior esteve Armindo Araújo. O campeão nacional terminou no 7.º lugar, atrás do madeirense João Silva (Citroën DS3), vítima de alguns azares.

Apesar de vários percalços, João Silva (Citroën) completou ovpódio dos madeirenses

«O resultado acabou por ser satisfatório, depois de tantos percalços, contingências dos ralis. Demonstrámos a nossa rapidez e andámos na luta», sublinhou João Silva, qu fez um pião, não conseguiu engrenar a marcha-atrás, perdeu 19 segundos e ainda partiu a alavanca das velocidades.

Apesar da atuação pouco conseguida – apenas por duas vezes rubricou tempos entre o seis mais rápidos — Armindo Araújo garantiu a 3.ª posição no CPR.

O campeão nacional Armindo Araújo teve sérias dificuldades para encontrar o acerto ideal para o Hyundai

O piloto do Hyundai i20 nunca conseguiu encontrar a afinação ideal e cedo perdeu terreno, queixando-se do comportamento do carro. «Não estamos com a velocidade dos pilotos da frente, mas o objetivo número um era o CPR», sublinhou o piloto do Team Hyundai Portugal. «Pura e simplesmente, não acertámos com a afinação ideal», sublinhou.

Miguel Barbosa (Skoda) terminou no 4.º lugar do CPR

Miguel Barbosa (Skoda Fabia) e Pedro Meireles (VW Polo) – o vimaranense sublinhou estar «a aprender, na streia em asfalto, o carro, que tem muito potencial e é diferente do Skoda, em particular na afinação dos diferenciais» — classificaram-se nos lugares seguintes do CPR, subindo na geral graças ao toque de Pedro Paixão (Skoda Fabia) na derradeira classificativa.

O piloto do Skoda acabou por ver as expectativas frustradas, após ter conseguido um setup que lhe dava confiança:

«Tivemos um problema com a suspensão da frente e fomos forçados a usar outra sem a mesma especificação, o que alterou o balanço do carro e impediu que lutássemos com o Armindo pelo lugar de pódio», explicou Miguel Barbosa.

A irregularidade marcou o derradeiro dia, pois «estivemos bem nalgumas ocasiões e noutras não», deu conta o piloto.

Pedro Meireles (VW Polo) em açãoPara Ricardo Teodósio (Skoda Fabia) foi um rali para esquecer: o algarvio foi 6.º do CPR. Atrasado na etapa inicial – jante partida obrigou à mudança de roda – foi protagonista de dois piões, um deles na derradeira especial.

«Foi o resultado possível, mas vou prescindir desta pontuação», adiantou o ainda líder do CPR.

A reta final do rali foi de aflição para Miguel Correia, a contas com problemas de sobreaquecimento no Ford Fiesta. O piloto bracarense penalizou dois minutos (20 segundos na prática) à entrada para o último reagrupamento, sanção que causou a perda de dois lugares na geral.

António Dias confessou que tentou «andar mais rápido que o ano passado. Vi que não tinha grande andamento e por isso concentrei-me no campeonato», refetriu o piloto do Skoda Fabia no final dum rali que fez jus à tradição,

Campeonato

1.º Ricardo Teodósio, 119,18 pontos

2.º Armindo Araújo, 104,44

3.º Bruno Magalhães, 93,38

4.º Migue Barbosa, 70,82

5.º José Pedro Fontes, 59,74

6.º Ricardo Moura, 46,39

7.º Pedro Almeida, 42

8.º António Dias, 33

9.º Miguel Correia, 30

10.º Pedro Meireles, 26,42

Próxima prova: Rali Terras d’ Aboboreira, dias 6 e 7 de setembro

Ver mais em:

https://ralivm.com/2019/en

Author: 
Motor24
Date: 
16-08-2019