Rali Vinho da Madeira: Alexandre Camacho desenha a vitória

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Três líderes, quatro vencedores de classificativas e uma luta renhida pela liderança foram factos marcantes do primeiro dia na estrada do Rali Vinho da Madeira.

O madeirense Alexandre Camacho (Skoda) entrou ao ataque logo pela manhã, venceu as duas primeiras especiais e conquistou a liderança a Bruno Magalhães (Hyundai), posição só perdida de forma fugaz após a 2.ª passagem por Palheiro Ferreiro – a mais extensa classificativa (19 km) – quando o nevoeiro cerrado cobriu parte significativa da especial.

Nessa altura, brilhou o jovem piloto espanhol José Maria Pepe Lopez (Citroën), de novo a impor-se aos melhores valores nacionais, apesar da condição de estreante num rali de características muito peculiares.

As notas foram um trunfo do navegador Borja Rozada, quando a intensa neblina surpreendeu tudo e todos. «Até me sento indisposto e estive a um passo de dessitir», confessou Ricardo Teodósio, o líder do Campeonato de Portugal de Ralis (CPR) que teve um dia para esquecer. Uma jante partida após um ressalto do piso, em Santana-1, causou prejuízo de 3.27 minutos ao algarvio.

Na frente, o duelo luso-espanhol marcou a etapa, em particular a pós a a secção matinal, que terminou com o quarteto da frente – Lopez, Camacho, Giandomenico Basso e Bruno Magalhães – separado por 7,8 segundos.

Ao longo da tarde, acentuou-se a supremacia do líder Alexandre Camacho, após a reconquista da liderança em Serra de Água-1.embora com diferenças pouco significativas.

Bruno Magalhães domina CPR

No duelo pelo 3.º lugar, Bruno Magalhães, que contou com um motor do Hyundai totalmente revisto, levou a melhor face a Giandomencio basso (Skoda). Curiosamente, dois dos pilotos que detêm o recorde de quatro triunfos neste rali.

«Para mim, é um misto de emoções, estar a lutar pelo CPR, neste rali em que luto pela vitória», sublinhou ao MOTOR 24 o piloto do Hyundai, a rubricar o melhor desempenho da temporada, traduzido, em termos de CPR, em nove triunfos em classificativas, pertencendo os restantes dois a José Pedro Fontes.

Bruno Magalhães e Hugo Magalhães (Hyundai i20) lideram o CPR e ocupam o 3.º lugar da geralT

Por seu turno, o italiano não se mostrou satisfeito com as alterações em termos de afinação do Skoda na mais extensa etapa do rali, ao longo da qual o madeirense Miguel Nunes (Hyundai) consolidou a 5.ª posição, à frente de José Pedro Fontes. Desinspirado na secção matinal, o piloto do Citroën mostrou-se mais satisfeito no final do dia, em que solidificou o 2.º lugar entre os concorrentes do CPR.

Neste domínio, Armindo Araújo, 8.º classificado atrás do madeirense João Silva (Citroën), não teve um dia fácil. «Ainda não conseguimos a afinação ideal», justificou o piloto do Hyundai, sublinhando que «o grande objetivo é o CPR, embora os tempos estejam longe dos mais rápidos, como gostaríamos. Vamos manter a calma na procura de soluções que ainda não encontrámos», sublinhou o atual campeão nacional.

Miguel Barbosa (Skoda) terminou o dia na 9.ª posição, seguido por Pedro Paixão, o piloto madeirense do Skoda furou na secção matinal, recuperou terreno e venceu uma classificativa.

Estreante no asfalto ao volante do VW Polo, Pedro Meireles sublinhou que «a fase é de aprendizagem do carro, que tem muito potencial, neste tipo de piso. Há muita coisa a melhorar», adiantou o piloto vimaranense, que perdeu muito tempo no nevoeiro de Palheiro Ferreiro-2.

No final da penúltima secção, desistiu João Barros. O piloto do Skoda sentiu forte indisposição física e optou por renunciar.

A derradeira etapa compreende oito classificativas (total de 80, 24 km).

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Author: 
Motor24
Date: 
16-08-2019