Ser melhor piloto continental

O campeão nacional, Ricardo Teodósio, participa nesta edição do Rali Vinho da Madeira com a “ambição de tentar ser o melhor entre os pilotos continentais. Quatro pilotos madeirenses são os candidatos de peso à vitória e vou apenas pensar no campeonato de Portugal e colher o máximo de pontos possível. Quero fazer um rali diferente daqueles que fiz até hoje. Estou mais confiante após todo o trabalho realizado no Rali da Calheta. De qualquer forma, ainda vamos testar na próxima semana e verificar ainda mais coisas. O objetivo é nos sentirmos à vontade”. Natural do Algarve, Ricardo Teodósio tem 44 anos e estreou-se na modalidade em 2001. O atual campeão nacional é conhecido há muito pela sua condução espetacular e foi um utilizador fiel de várias versões do Mitsubishi Lancer até 2017, passando de permeio pelo volante de um Renault Clio Williams e de um Ford Fiesta R5. Desde 2018 que está equipado com Skoda Fabia R5 e foi com o modelo da casa checa que conquistou o seu primeiro título nacional em 2019. Este ano está aos comandos de um Skoda Fabia R5 Evo.

Lendas do RVM: Andrea Aghini

A popularidade de Andrea Aghini na Madeira teve início com a sua estreia vitoriosa no Rali em 1992 a bordo de um vistoso “Deltona” da Martini Racing. Uma saída de estrada televisionada no ano seguinte também contribuiu para que ficasse cada vez mais conhecido. O italiano sempre foi muito rápido nas estradas da ilha e conseguiria obter mais três triunfos, em 1994 com um Toyota Celica, em 1998 com um Toyota Corolla WRC e ainda em 2002 com um Peugeot 206 WRC. Sendo um dos recordistas de vitórias na prova, foi o único a conseguir, em 1994, a proeza de vencer todas as provas especiais de uma edição. Agora com 56 anos de idade, Aghini começou nos ralis em 1983 com um Autobianchi A112 Abarth. Em 1987 tripulou um Peugeot 205 GTi e integrou a equipa da marca francesa no seu país entre 1988 e 1991 com os modelos 309 GTi e 405 Mi16. Chamou a tenção da Lancia e defendeu as cores oficiais em 1992, ano em que obteve a sua única vitória no WRC, e 1993. Posteriormente esteve ligado às equipa Grifone, com Toyota, Procar, com Subaru. Participu com os mais variados modelos de forma regular até 2011 e fez as suas duas últimas aparições em 2017 e 2018.

Terminar vencendo categoria

Vítor Sá participa na próxima edição da prova que venceu ao nível absoluto em 2004 com a ambição de “terminar o rali e vencer a nossa categoria. Esperamos não ter os azares que tivemos na Calheta e pretendemos estar competitivos. Nesse sentido realizamos pequenas alterações ao acerto e a algum material da nossa viatura e esperamos que estas se traduzam em  melhoramento que pode ser significativo”. Atualmente com 55 anos de idade, Vítor Sá estreou-se nos ralis em 1988 com um Renault 5 GT Turbo. Entre 1989 e 1991 integrou a equipa Toyota Madeira e no ano seguinte obteve o seu primeiro título regional ao volante de um Ford Sierra RS Cosworth. Viria ainda a ser campeão local mais dez vezes tripulando carros como o Subaru Impreza 555, Subaru Impreza WRC, Peugeot 306 Maxi, Peugeot 206 S1600, Renault Clio S1600, Fiat Punto S2000 e Peugeot 207 S2000. Após uma longa pausa, regressou à atividade o ano passado com um Citroën DS3 R3T.

Lendas do RVM: Porsche 911S

Foram muitos os pilotos que passaram pelo Rali Vinho da Madeira a bordo de um Porsche 911S e Giovanni Salvi também o levou ao triunfo em 1971 mas foi sobretudo com Américo Nunes que este modelo ficou para sempre gravado na memória dos madeirenses. O piloto venceu quatro edições do evento, numa delas foi mesmo o único concorrente a terminar, devido ao poder de uma viatura que recebeu mesmo o cognome de Bomba Verde. O Porsche 911 foi apresentado em 1966 e surgia nas suas primeiras versões com um motor de seis cilindros horizontais opostos de 1.991 cc que em competição ultrapassava em pouco os 200 cavalos. Posteriormente o modelo viria a receber um motor de 2.687 cc com uma potência mais próxima dos 300 cavalos, um valor importante para a altura. A tração traseira e a colocação do motor na extremidade também traseira do veículo tornavam a sua condução muito exigente.

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