Alexandre Camacho é número 1 numa lista com os 4 campeões

A Comissão Organizadora do Rali Vinho da Madeira revelou hoje a lista com 60 inscritos para a próxima edição da prova, que estará na estrada entre os dias 6 e 8 de agosto. O rol de inscritos reunido revela uma grande qualidade e promete muita animação tanto ao nível da classificação absoluta como no que toca aos agrupamentos e classes em que a competição se desdobra. Da lista constam os principais animadores da modalidade a nível nacional e regional com um parque automóvel notável em que se destacam 17 viaturas R5, 1 WRC e 2 Porsche entre muitos outros. O primeiro piloto a arrancar será o campeão regional em título e vencedor das últimas três edições do evento, Alexandre Camacho num Citroën C3 R5. Outros atuais campeões com presença confirmada serão o de Espanha, José Maria Lopez noutro Citroën C3 R5, o de Portugal, Ricardo Teodósio e o dos Açores, Luis Miguel Rego, ambos em Skoda Fabia R5 Evo. Na lista destacam-se outros pilotos que já venceram a clássica madeirense, Bruno Magalhães em Hyundai i20 R5, José Pedro Fontes em Citroën C3 R5, Vítor Sá com um Citroën DS3 R3T e Adruzilo Lopes em Peugeot 208 R2. A luta pelas primeiras posições terá também como atores Miguel Nunes, Armindo Araújo, Ricardo Teodósio e João Silva, todos em Skoda Fabia R5 Evo, Pedro Meireles em Volkswagen Polo GTi R5 e Pedro Paixão em Skoda Fabia R5. Rui Pinto alinha o habitual Ford Focus RS WRC e Filipe Freitas e Gil Freitas compõem o contingente em Porsche 991 GT3 RS. A lista de inscritos hoje apresentada engloba também um excelente lote de pilotos nos agrupamentos NR4, RC3, RC4 e RC5. Notícia atualizada. https://ralivm.com/2020/sites/default/files/rvm2020_lista_inscritos_ert.pdf https://ralivm.com/2020/sites/default/files/rvm2020_lista_inscritos_cmr.pdf

Lendas do RVM: Ari Vatanen

Foi um dos primeiros “finlandeses voadores” e passou pela Madeira em 1978. Ninguém na Madeira ficou indiferente à presença de Ari Vatanen no Rali Vinho da Madeira. A sua condução exuberante e espetacular cativou todos aqueles que assistiram a esta prova que venceu de forma categórica. A sua presença na ilha também contribuiu para que o rali organizado pelo Club Sports da Madeira passasse a integrar no ano seguinte o campeonato europeu da modalidade. Atualmente com 68 anos, Vatanen estreou-se nos ralis em 1971 com um Opel RK. Nos quatro anos seguintes esteve sempre ao volante de modelos da marca alemã mas em 1975 passou para os comandos do Ford Escort RS em que viria a se celebrizar. Em contínua ascensão, viria ser campeão mundial em 1981, 3 anos após a vitória na Madeira. Regressou à Opel em 1983 com o Manta 400 e depois fez parte, entre 1984 e 1996, da equipa oficial da Peugeot/Citroën tanto nos ralis como no Dakar. Com um palmarés de que constam 10 vitórias no WRC, participa esporadicamente em provas automobilísticas.

Ganhar ritmo

Gil Freitas arrancará para o Rali Vinho Madeira com “o objetivo primeiro de chegar ao final. Gostaria também de ganhar o grupo RGT mas, acima de tudo e porque estivemos muito tempo parados, quero ganhar ritmo para o resto da temporada. É ainda um pouco prematuro falar das condições meteorológicas mas muito calor pode dificultar bastante a gestão da borracha. Pior, no entanto, seriam condições instáveis pois nessas circunstâncias torna-se quase impossível conduzir o Porsche. Nesta edição a grande diferença será o cumprimento das regras sanitárias e nesse particular desejo que tudo corra bem”. Freitas começou nos ralis já bastante tarde, em 2013, com um Opel Kadett GT/E. Rapidamente passou para os comandos de um Opel Ascona 400, viatura com que cumpriu a restante época. No ano seguinte, em 2014 passou a tripular Porsche 911 GT3, modelo ao qual é fiel até hoje apesar de em 2017 ter estado num Citroën DS3 R5. Com o carro alemão já subiu muitas vezes ao pódio e venceu ao nível absoluto o Rali do Faial de 2015. Foi campeão nacional do grupo em 2015 e obteve igual título mas regional o ano passado.

Lendas do RVM: Ford Escort RS

O Ford Escort RS Mk II foi um dos modelos mais populares em ralis mas apenas venceu na Madeira em duas ocasiões, em 1978 com Ari Vatanen e em 1981 com Ali Kridel. A primeira versão do popular carro da Ford já havia vencido a prova em 1975 com “Janica” Clemente e em 1976 com Giovanni Salvi. Para o carinho que o público nutria por estas viaturas estava o facto de proporcionar aos seus utilizadores uma condução espetacular em que abundavam os power slides. A segunda versão do Ford Escort de competição foi apresentada ao público em 1975 e contava com um motor de quatro cilindros e 1.993 cc que, acompanhado do som dos carburadores Weber, chegou a debitar cerca de 265 cavalos nas suas últimas evoluções. Com um peso total de cerca de 920 kg, o Ford Escort Mk II tinha uma carroçaria com um comprimento de 3,98 m e uma largura de mais de 1,70m devido às bonitas extensões de pára-lamas.

Tentar ganhar o grupo

Filipe Pires participa na próxima edição do Rali Vinho da madeira tendo como meta “tentar lutar pela vitória no grupo NR4. Antes de mais, o objetivo é sempre terminar mas gostaria também de dar espetáculo e, claro e como sempre fazemos, tentar discutir posições na classificação com concorrentes que dispõe de viaturas mais competitivas que a nossa. Esta é uma prova grande, o nosso carro foi todo revisto e estamos bastante motivados para tentar repetir o bom resultado que conseguimos na Calheta”. Com 40 anos de idade, Filipe Pires iniciou-se nos ralis em 1999 após longa presença no karting, modalidade que ainda pratica. Já esteve ao volante de viaturas como o Fiat Cinquecento, Toyota Starlet, Citroën Saxo e Citroën C2 R2 tendo colecionado títulos tanto nas competições monomarca disputadas com estes modelos como nos escalões do campeonato destinados à classe. Desde 2013 que utiliza um Mitsubishi Lancer Evo X com que foi campeão do agrupamento em quatro temporadas.

Lendas do RVM: Lancia Delta HF

As versões de grupo A do Lancia Delta HF venceram as edições do Rali Vinho Madeira entre 1987 e 1992, exceção feita à de 1988. Entre o Lancia Delta HF 4wd e o Lancia Delta HF Integrale 16V, o modelo italiano passou dez vezes pelo pódio nesse período, provando ser mesmo a máquina a bater nessa altura. Nomes como os de Dario Cerrato, Yves Loubet, Fabrizio Tabaton ou Andrea Aghini fizeram figurar o seu nome no álbum de ouro da prova com estas viaturas. Com a abolição do grupo B, a Lancia aproveitou o Delta HF 4wd de tração integraç, apresentado em março de 1986, para desenvolver um carro de ralis. Dos pouco mais de 200 cavalos da versão inicial e após a evolução pelo HF Integrale, o modelo chegaria a extrair dos 1.997 cc do seu motor de quatro cilindros em linha cerca de 325 cavalos no HF Integrale 16V, vulgo “Deltona”. A carroçaria cúbica, desenhada por Giugiaro, tinha pouco menos de 4 metros e uma largura de 1,77, numa viatura que rondava os 1.240 kg.

Ganhar a classe

Rui Jorge Fernandes alinha nesta edição do Rali Vinho da Madeira com o objetivo de “ganhar a nossa classe e ser o melhor entre os utilizadores de carros de duas rodas motrizes de tração dianteira. Temos vindo a melhorar e o nosso carro está cada vez mais competitivo, o que, julgo, nos permitirá alguma margem de manobra. Neste rali, tradicionalmente difícil, longo e quente, os pilotos com viaturas Rally4 vão voltar a ser muito rápidos mas penso que os podemos vencer”. O jovem piloto iniciou a sua carreira em Skoda Fabia TDi e já passou pelo volante de viaturas como o Citroën Saxo, Mitsubishi Lancer Evo IX, Citroën C2 R2 e foi sempre um dos protagonistas tanto na classe como no grupo em que esteve inserido. Desde o ano passado utiliza um Renault Clio R3T.

Lendas do RVM: Patrick Snijers

Patrick Snijers foi um dos pilotos que mais vezes participou no Rali Vinho da Madeira. O belga estreou-se na ilha em 1983 com um Porsche 911SC e a sua última presença na prova foi em 1996. Snijers parecia condenado a ser o eterno segundo classificado pois foi essa a sua classificação em 1983 e 1984 (Porsche 911SC) e 1986 (Lancia 037). Apesar de voltar a ser segundo em 1994, o piloto conseguiu mesmo vencer o evento e em duas ocasiões, em 1988 com um BMW M3 e em 1993 com um Ford Escort RS Cosworth. Atualmente com 62 anos de idade, o belga iniciou-se nos ralis em 1976 com um Toyota Corolla mas já tripulou também carros tão díspares quanto um Opel Kadett GT/E, Ford Escort RS 1800, Lancia Delta HF, Toyota Celica, Peugeot 207 S2000, Mini JCW WRC ou, mais recentemente, VW Polo GTi R5.Snijers foi campeão europeu em 1994 e obteve o título na Bélgica sete vezes entre 1983 e 1994. Ainda participa em ralis com um Porsche 997 GT3 e este ano já subiu ao pódio no Rallye de Hannut.

Vencer competição monomarca

Bruno Coelho encara o Rali Vinho da Madeira com o desejo de “terminar mais uma edição e conseguir fazer uma boa prova. No que toca a objetivos desportivos, quero vencer a Yaris NP Cup pois em termos de classe, agora que misturaram os pequenos Toyota com carros mais potentes, não posso ter ambições. Queremos, como tal, ser capazes de um bom andamento, semelhante ao da Calheta, e tentarmos, nas duas provas em que se divide este rali para o nosso troféu, conseguir a pontuação máxima. Queremos que esta seja uma prova para todos se divertirem sem esquecer a segurança própria de um rali e ainda a sanitária”. Coelho tem 50 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 2006 com um Toyota Yaris, modelo que tripula novamente desde 2016. Entre 2007 e 2014 esteve aos comandos de um Citroën C2 R2 com o qual assinou alguns bons resultados ao nível da classe. Na competição em que agora milita tem sido um dos pilotos a marcar a cadência.

Lendas do RVM: Antonella Mandelli

Houve um nome entre os pilotos participantes no Rali Vinho da Madeira que não deixou ninguém indiferente: Antonella Mandelli. Com uma beleza latina e uma postura desinibida deixou homens miúdos e graúdos apaixonados e deixou senhoras e meninas orgulhosas dos sucessos desportivos de alguém do seu género num meio até então dominado pelos homens. Se a italiana irradiava beleza e alegria, era também bastante rápida e obteve muitos bons resultados. Mandelli participou regularmente no rali madeirense entre 1981 e 1985, ao volante de carros como o Fiat 131 Abarth e o Lancia 037, foi segunda classificada na estreia e voltou a subir ao pódio em 1983. Antonella estreou-se em 1979 com um Opel Kadett GT/E e chegou a utilizar um Alfa Romeo GTV em 1981. Nunca chegou a vencer uma prova ao nível absoluto mas foi a campeã europeia feminina em 1981.

Conferência de Imprensa apresentação lista de inscritos

A Comissão Organizadora do Rali Vinho da Madeira vem pelo presente, convidar o vosso meio de comunicação para uma conferência de imprensa para apresentação oficial da lista de inscritos na edição 2020 do Rali Vinho da Madeira. Esta Conferência de Imprensa terá lugar na Empresa de Cervejas da Madeira, patrocinador oficial da prova, no próximo dia 29 de julho de 2020, pelas 18:30. Antecipadamente gratos pela vossa presença. A Comissão Organizadora

PSP e Direcção de Prova definem aspectos de segurança do RVM 2020

Esta manhã a Direção de Prova do Rali Vinho da Madeira esteve reunida com elementos da Polícia de Segurança Pública, no anfiteatro da Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia. Neste encontro, foram abordados aspetos de segurança a ter em conta nesta edição do RVM 2020, tendo especial atenção a esta fase de pandemia em que vivemos.  Os 19 elementos da PSP presentes ocupam cargos de chefia, pelo que irão sensibilizar as suas equipas para os pontos abordados na reunião. 

Ganhar experiência

Pedro Almeida chegará ao Rali Vinho da Madeira com “objetivo claro, aprender o rali. Participei nesta prova uma vez com um R5 mas agora, no carro que tripulo, tudo é diferente. Participei no recente Rali da Calheta mas agora também tudo será diverso. Assim, quero ganhar experiência e tentar melhorar o andamento apesar de na Calheta ter tido um bom resultado. Importante é chegar ao final com o sentimento que evoluí. Esse é que é um bom resultado.” Almeida tem 22 anos de idade e começou a sua carreira em ralis em 2016. Do Renault Twingo R2 da estreia passou pouco depois para um Renault Clio R3. A meados de 2017 esteve em duas provas ao volante de um Skoda Fabia S2000 com que obteve a sua única vitória na modalidade. Em 2018 esteve aos comandos de um Ford Fiesta R5 e o ano passado dispôs de um Skoda Fabia R5 e agora está dotado de um Peugeot 208 Rally4.

Lendas do RVM: Lancia Stratos HF

Qual OVNI no meio dos ralis, o Lancia Stratos começou a causar estupefação logo no desembarque no porto do Funchal em 1979. As suas linhas em cunha com um para-brisas aerodinâmico num tamanho muito contido impressionaram os fãs. A sua potência e um comportamento exemplar em asfalto voltaram a impressionar e permitiram a vitória de Tony Fassina nesse ano. O Lancia Stratos surgiu com um desenho da Bertone em 1971 e a marca italiana, aproveitando as sinergias do grupo Fiat que integrava já então, usou um motor Ferrari V6 montado num chassis tubular para criar uma máquina muito eficiente em provas de estrada. Nas suas dimensões contidas (3,71m de comprimento e 1,11m de altura) foi montado um motor de seis cilindros em V com 2.418 cc que chegou a debitar perto de 340 cavalos na versão de 24 válvulas, potência mais que suficiente para mover os seus cerca de 920 kg.

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