Ganhar nas duas rodas motrizes

Rui Jorge Fernandes alinha no próximo Rali Vinho da Madeira com a ambição de “ganhar o grupo RC3 e ser o melhor entre os utilizadores de carros de duas rodas motrizes. Gostaríamos também de ficar o mais à frente possível mesmo que isso implique nos imiscuirmos entre alguns pilotos com viaturas R5. Nesta prova a concorrência vai ser maior e estaremos atentos à prova do João Silva, cujo carro é supostamente de um grupo inferior ao nosso mas, como mais recente, pode ter um potencial idêntico ao do nosso Renault Clio R3T. Não efetuamos quaisquer alterações na nossa viatura mas tivemos bastante cuidado na nossa preparação física pois este é um rali muito exigente a esse nível”. Atualmente com 31 anos de idade, Fernandes iniciou-se na modalidade em 2008 com um Skoda Fabia TDi. Esteve já aos comandos de viaturas como um Citroën Saxo, Citroën C2 R2, Mitsubishi Lancer Evo IX e Mitsubishi Lancer Evo VI. Em 2019 adquiriu o atual Renault Clio R3T e o ano passado tornou-se campeão regional do escalão. Em 2021 é guia destacado do agrupamento no Campeonato de Ralis Coral da Madeira.

Tentar brilharete

Miguel Correia estará presente pela quarta vez no Rali Vinho da Madeira, prova em que deseja “fazer m bom rali, na terra do nosso patrocinador. Procuraremos o melhor resultado possível no quadro do Campeonato de Portugal de Ralis. Este é um rali que provoca um grande desgaste físico e tentaremos manter a nossa concentração máxima do princípio ao fim. Em cada rali que vou fazendo, vou melhorando o meu conhecimento mas, no entanto, ainda estou, a esse nível, longe da concorrência. Isso, de certa forma, condiciona os meus resultados. Contudo, vamos tentar um brilharete”. À beira de completar 30 anos de idade, Miguel Correia deu os seus primeiros passos nos ralis em 2017 com um Renault Clio R3. No ano seguinte manteve a mesma viatura e foi o melhor da sua classe no campeonato nacional da modalidade. Na sua progressão neste desporto, em 2019 esteve aos comandos de um Ford Fiesta R5 e o ano passado utilizou um Skoda Fabia R5. Em 2021 a viatura que conduz é um Skoda Fabia Rally2 Evo e é sexto no CPR depois de ter sido terceiro no Rali Terras d’Aboboreira e quinto em Castelo Branco, com uma desistência pelo meio no Vodafone Rali de Portugal.

Factos do Rali: as marcas mais bem sucedidas

Desde sempre que as máquinas que vencem o Rali Vinho da Madeira fazem parte do imaginário dos muitos miúdos e graúdos que localmente seguem a modalidade em geral e a prova rainha do automobilismo regional em particular. Motivo de conversa e alguma discussão, a preferência por um certo construtor acabou muitas vezes por influenciar a compra do automóvel a utilizar no dia-a-dia. No Rali Vinho Madeira a marca mais bem sucedida é a Peugeot, com 10 vitórias, seguida de bem perto pela Lancia, com 9. No lugar mais baixo do pódio estão dois fabricantes com 6 vitórias cada um, Ford e Porsche. Logo atrás segue a Fiat, com 5 triunfos, e a Subaru, a melhor em 4 ocasiões. Quatro construtores obtiveram 2 sucessos, Ferrari, Opel, Toyota e Renault, enquanto MG, Mercedes, Alfa Romeo, Triumph, NSU, BMW e Citroën só subiram uma vez ao degrau mais alto do pódio.

Factos do Rali: estreia do Ford Fiesta Rally3

Nesta edição do Rali Vinho da Madeira estará também a percorrer os seus primeiros quilómetros em solo regional e pelas mãos de Caetanovich o Ford Fiesta Rally3. O Rally3 é um grupo com uma nova filosofia e que pretende sera fórmula de acesso dos jovens, que tripularam até então os Rally4 de tração dianteira, para os veículos de tração integral. Este modelo é o primeiro a ser homologado neste grupo, foi desenvolvido pela filial polaca da M-Sport e fez as suas primeiras aparições em competição em 2021. O Ford Fiesta Rally3 dispõe de um motor de 3 cilindros em linha com 1.497 cc e debita cerca de 215 cavalos às 5.000 rpm e um binário de 400 Nm às 3.500 rpm. A transmissão é feita através de uma caixa sequencial de 5 velocidades da Sadev e os diferenciais dianteiro e traseiro são de deslizamento limitado. As suspensões, fornecidas pela Reiger, permitem três modos de ajuste. Os travões provêm da Alcon e as jantes utilizadas em asfalto são de 17 polegadas. O peso é de 1.210 kg.

Maior espetáculo possível

Adruzilo Lopes regressa ao Rali Vinho da Madeira, “algo que faço sempre com muito prazer pois não é segredo para ninguém que esta é a minha prova favorita no calendário nacional da modalidade. Esta será a minha 18ª participação e, exatamente pelo carinho que nutro pela prova, tudo farei para chegar, pelo menos, às 20. Obviamente que este ano não posso aspirar, como noutros anos, a vencer o rali pois desta vez não disponho de um carro ganhador. De qualquer forma, vou dispor de uma viatura interessante, um Fiat Grande Punto R3D, carro a gasóleo mas com caixa sequencial e boas suspensões. Com este, vou me empenhar ao máximo e tentar dar o maior espetáculo possível aos muitos amigos e fãs que tenho na ilha. A ver se saímos do rali todos contentes”. Com 58 anos de idade, Adruzilo Lopes estreou-se nos ralis em 1988 com um Toyota Corolla GT. Passou pelo volante de um Mazda 323 4WD e Citroën AX mas foi sobretudo ao serviço da equipa portuguesa da Peugeot que mais brilhou. Aos comandos de modelos como o 306 Maxi e 206 WRC foi campeão nacional em 1997, 1998 e 2001. Tem se mantido em atividade tripulando carros bastante díspares e em 2021 é o atual líder do Campeonato Norte de Ralis.

Lista de Inscritos: Alexandre Camacho 1, Armindo Araújo 2, Miguel Nunes 3

Paulo Fontes, presidente da Comissão Organizadora do Rali Vinho da Madeira, divulgou esta tarde a lista de inscritos para o evento que é colocado na estrada desde 1959 pelo Club Sports da Madeira. Incluindo 50 concorrentes, aquela lista é marcada por uma grande qualidade pois inclui nada menos que dois campeões mundiais de escalão ou categoria, um vice-campeão europeu, sete campeões nacionais e seis campeões regionais num elenco em que desponta um piloto prioritário FIA e nove com notoriedade da FPAK. Juntando os primeiros classificados e habituais contendores dos campeonatos nacional e regionais da Madeira e Açores, a prova dirigida por Pedro Melvill Araújo será palco da estreia de uma viatura, Renault Clio Rally4, a nível nacional, e ainda dos primeiros quilómetros competitivos na ilha de modelos como o Subaru S14 WRC, Ford Fiesta Rally3 e Renault Clio Rally5. O Rali Vinho da Madeira será disputado entre os próximos dias 5 e 7 de agosto em 16 provas especiais que percorrem a totalidade dos concelhos da ilha da Madeira. Lista de Inscritos aqui

Rali nas calmas

Gil Freitas decidiu apostar em 2021 numa nova viatura, Subaru S14 WRC, e deverá estrear a mesma no Rali Vinho da Madeira. O processo de chegada da mesma à ilha atrasou-se e, nessas condições, o objetivo “só poderá mesmo ser divertir-se. Provavelmente vamos fazer os primeiros quilómetros com o carro já em prova. Este tipo de viatura exige muitas afinações muito específicas e são poucos aqueles que em todo o mundo as sabem fazer. A nossa equipa ainda não sabe como as efetuar e temos tido alguns problemas em garantir a presença de um técnico competente na Madeira. Após toda esta turbulência, pretendemos um rali tranquilo, que sirva de teste e que nos permita conhecer o carro”. Freitas começou nos ralis já bastante tarde, em 2013, e deu os seus primeiros passos na modalidade com Opel, Kadett GT/E e Ascona 400. No ano seguinte passou para o volante de um Porsche e, exceção feita a 2017 em que tripulou um Citroën DS3 R5, tem estado ligado aos modelos da marca alemã. Em 2015 foi campeão nacional do grupo RGT. O Rali Vinho da Madeira será a primeira prova que disputa em 2021.

Factos do Rali: caminho das estrelas

Ao longo dos anos o Rali Vinho da Madeira tem estado no caminho para o estrelato de vários pilotos que brilharam na cena mundial ou internacional da io modalidade. Com grande prestígio internacional, a prova organizada pelo Club Sports da Madeira regista, por exemplo, a passagem de três campeões mundiais absolutos. Em 1978 passou na ilha Ari Vatanen, laureado no Mundial em 1981, em 1983 foi a vez de Massimo Biasion, campeão mundial em 1988 e 1989, e em 1986 participou na prova Carlos Sainz, vencedor do WRC em 1990 e 1992. Pela Madeira passaram também nada menos que 25 campeões europeus, Adartico Vudafieri, Andrea Navarra, Armin Kremer, Armin Schwarz, Bruno Thiry, Carlo Capone, Cesar Baroni, Dario Cerrato, Enrico Bertone, Erwin Weber, Fabrizio Tabaton, Giandomenico Basso, Henrik Lundgaard, Jan Kopecky, Jean-Claude Andruet, Juho Hanninen, Krzysztof Holowicz, Luca Rossetti, Patrick Snijers, Piero Liatti, Renato Travaglia, Robert Droogmans, Simon Jean-Joseph, Toni Fassina e Yves Loubet.

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