Gabinete Comunicação RVM

Alexandre Camacho estreará no Rali Vinho da Madeira um Toyota GR Yaris Rally2. O campeão regional em título também contará com um novo navegador, o experiente Carlos Magalhães. O piloto teve “um primeiro contacto muito positivo com o carro. Julgo que trabalhamos no sentido certo para conseguir uma boa base de trabalho. Vamos ter mais um teste e teremos que o colocar competitivo, que nos permita lutar pelos primeiros lugares. Mesmo sendo para uma única prova, tudo neste projeto é novo. O Toyota é muito diferente do carro que antes utilizava e que já conhecia bastante bem. No entanto, vamos manter a dedicação e o empenho habituais. O carro parece-me bastante bom, com um bom chassis, mas será bastante exigente a adaptação ao motor de 3 cilindros, com um modo de utilização também diverso. Vamos a ver se o pomos no ponto para a Madeira”. Camacho tem 44 anos de idade e o seu primeiro rali aconteceu em 2001 com um Toyota Yaris. Venceu o FIA European Rally Trophy em 2018 e foi campeão regional sete vezes, em 2008 e 2009 com Peugeot 207 S2000, 2015 em Porsche 997 GT3, 2017 num Peugeot 208 T16, 2018 e 2019 ao volante de um Skoda Fabia R5 e em 2023 usando Skoda Fabia Rally2 Evo. Com seis triunfos, é o recordista de vitórias no Rali Vinho da Madeira.

O Campeonato e Portugal de Ralis não registou alterações de monta para 2024 e o calendário é composto pelas mesmas oito provas que o definiram o ano passado, divididos em duas fases, cada uma com quatro eventos, tanto de terra como de asfalto. A época começou quase no final de fevereiro com o Rali Serras e Fafe, Felgueiras, Boticas e Cabeceiras de Basto, agora fora do ERC. Kris Meeke, novamente no Hyundai i20N Rally 2 da equipa da marca coreana, venceu, seguido de Armindo Araújo e Rúben Rodrigues, ambos em Skoda Fabia RS Rally2. A competição voltou à estrada a meio de março para o Rali Casinos do Algarve. No sul do país os dois primeiros classificados foram os mesmos mas no lugar mais baixo do pódio ficou o “piloto da casa”, o campeão nacional Ricardo Teodósio, no outro i20N Rally2 da Hyundai Portugal. Já no final de abril, cumpriu-se então o Rali Terras d’Aboboreira, a outra prova portuguesa a também integrar o FIA European Rally Trophy. Foram vários os concorrentes estrangeiros que aproveitaram a ocasião para treinar a participação na etapa seguinte do WRC, cumprida no nosso país. A vitória absoluta coube a Kris Meeke, seguido dos franceses Pierre-Louis Loubet e Yohan Rossel em Skoda Fabia RS Rally2 e Citroën C3 Rally2, respetivamente. No que toca ao pódio a contar para o CPR, Meeke ficou no posto mais alto e foi acompanhado por Armino Araújo e Pedro Almeida num Skoda Fabia Rally2 Evo. No começo de maio, o WRC visitou solo nacional para o Vodafone Rali de Portugal. Na classificação extrapolada para o campeonato nacional da modalidade, Kris Meeke voltou a figurar no topo enquanto Armindo Araújo ficou no posto mais baixo. Entre ambos colocou-se José Pedro Fontes em Citroën C3 Rally2. O CPR entrou, quase no final de junho, na sua fase de asfalto, com a disputa do Rali de Castelo Branco. Meeke voltou a liderar mas um problema na sua viatura ditou a queda ao 6º lugar. A vitória sorriu a Armindo Araújo, seguido de José P. Fontes e do espanhol Roberto Blach. Para o CPR, os pontos do terceiro posto foram atribuídos a João Barros num VW Polo GTi R5. Classificação: 1º Kris Meeke, 122; 2º Armindo Araújo, 111; 3º José P. Fontes, 60; 4º Pedro Almeida, 44; 5º Ernesto Cunha e Ricardo Teodósio, 43; 7º Paulo Neto, 38; 8º Lucas Simões, 32; 9º Ricardo Filipe, 26; 10º Rúben Rodrigues, 18; 11º João Barros, 17; 12º Gonçalo Henriques, 15; 13º Pedro Meireles e Hugo Lopes, 12; 15º Anton Korzun, 7. Estão classificados 35 pilotos.

Novidade de 2023, é uma das provas especiais mais exigentes do rali. Como dispõe de zonas muito idênticas entre si, exige muito bom trabalho nos reconhecimentos com notas de andamento precisas e confiáveis. Muito exigente também para os navegadores. Tem início na descida do Paúl da Serra  para os Prazeres, localidade onde vira a oeste, pela ER 222, até à Ponta do Pargo. As condições climatéricas  podem destoar das restantes provas especiais do dia e o piso costuma estar húmido na primeira passagem. Traçado muito encadeado e rápido. Acessos: Pela VE 3: Prazeres, Maloeira, Raposeira, acesso à Pista de Motocross e Lombada dos Marinheiros.

Por ocasião do Rali Vinho da Madeira, sexta prova do Campeonato de Portugal de Ralis, a FPAK, em parceria com a FIA e o Rali Vinho Madeira, vai organizar um Fórum de Sustentabilidade Ambiental no Desporto Automóvel. A iniciativa irá decorrer na próxima quarta-feira, dia 31 de julho pelas 16.30h no edifício do Colégio dos Jesuítas no Funchal onde funciona a Reitoria da Universidade do Funchal. O programa do evento prevê a intervenção de várias personalidades ligadas ao desporto automóvel e sobretudo às questões ambientais: Pedro Barros Pereira, membro da Direção da FPAK e responsável pela Sustentabilidade Ambiental, Bárbara Silva, Diretora de Sustentabilidade da FIA, José Paulo Fontes, Presidente da Comissão organizadora do RVM, Cora Teixeira, Diretora de Serviços de Qualificação Turística, em representação do Senhor Secretário Regional da Economia, Turismo e Cultura, Nelson Correia e Fernando Mascôto Spínola, Delegados Ambientais da FPAK, Juan Santos, Comissário Ambiental, José Pedro Fontes, Armindo Araújo e João Silva, Pilotos de Ralis, Pedro Melvill Araújo, membro da Direção da FPAK e Diretor do Rali Vinho Madeira, Hélder Spínola da Universidade da Madeira e António Filipe, Diretor do Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, em representação da Senhora Secretária Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente e Elsa Fernandes, Vice Reitora em representação do Reitor da Universidade da Madeira. Este Fórum de Sustentabilidade Ambiental no Desporto Automóvel pretende debater a responsabilidade social e o compromisso do desporto automóvel na busca das melhores práticas ambientais.