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Aprender ao máximo

Luis Miguel Rego tem na sua participação no Rali Vinho da Madeira “uma estreia absoluta em provas na ilha. Nunca sequer assisti ao rali e o pouco que conheço é das imagens que vou vendo. Devo ter os pés assentes na terra pois estarão há partida muitos outros pilotos bons conhecedores e com muita experiência. No entanto, sei que é uma prova bastante longa e exigente. Exatamente por isso vou aproveitar para aprender ao máximo e tentar afinar o Skoda Fabia R5 Evo já a pensar no campeonato açoriano. Estou parado desde novembro e esta será uma excelente ocasião para preparar o nosso regresso à atividade nos Açores, em princípio em setembro…” Rego tem 29 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 2008, aos 18, com um Mitsubishi Carisma GT. Tripulou até 2015 carros da marca japonesa e obteve o seu primeiro triunfo absoluto em 2013. Esteve quase até ao final de 2018 aos comandos de um Ford Fiesta R5 até passar, ainda nesse ano, para o volante de um Skoda Fabia R5. Foi campeão açoriano em 2018 e 2019 e estreia-se no próximo Rali Vinho da Madeira com um Skoda Fabia R5 Evo.

RVM: Rali dos Campeões

A próxima edição do Rali Vinho da Madeira quase se poderia denominar Rali dos Campeões. Na prova organizada pelo Club Sports da Madeira e dirigida por Pedro Melvill Araújo estarão nada menos que quatro campeões em título, o da Madeira, o dos Açores, o de Portugal e ainda o de Espanha. Alexandre Camacho, em Citroën C3 R5, Luis Rego em Skoda Fabia R5 Evo, Ricardo Teodósio, também em Skoda Fabia R5 Evo, e José Maria “Pepe” Lopez, num outro Citroën C3 R5, são alguns dos muitos nomes tidos como candidatos à vitória no evento.

Lendas do RVM: Massimo Biasion

Massimo Biasion é um dos nomes mais famosos a passar pelo Rali Vinho da Madeira. O italiano passou pela ilha em plena ascensão de carreira e não teve dificuldade em vencer a edição de 1983, ano em que viria também a se sagrar campeão europeu. “Miki” Biasion tripulou na ocasião um Lancia 037 com as cores da Totip e preparado pelo Jolly Club, na altura uma academia de formação do grupo Fiat nos ralis. Biasion nasceu em 1958 em Bassano del Grappa e iniciou-se nos ralis no final dos anos 1970. Conduziu Opel Kadett GT/E e Opel Ascona 400 e integrou a equipa Conrero, braço transalpino da marca alemã. Entre 1983 e 1991 foi piloto Lancia e, após muitas vitórias, juntou ao título europeu os títulos mundiais de 1988 e 1989. Esteve posteriormente ligado à Ford, terminando a sua carreira no WRC em 1994 após 17 vitórias e 40 pódios. Nos últimos anos participa esporadicamente em ralis e foi piloto assíduo do Dakar.

Ganhar a classe RGT

Filipe Freitas apresenta-se a este Rali Vinho da Madeira com a vontade de “ganhar a classe RGT. Vamos tentar andar o melhor possível e, conforme o desenrolar da prova, fixar outros objetivos. Lutar em ralis com os pilotos em viaturas R5 não é fácil mas tudo faremos para ficar à frente duns quantos adversários nesse tipo de viatura. Neste rali, caso a temperatura esteja alta e como estamos num carro potente e de tração traseira, poderemos ter problemas com o desgaste de pneus e a nossa prova pode ser determinada pela gestão da borracha”. Freitas tem 48 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 1998. No ano seguinte disputou uma competição monomarca em que foi um dos protagonistas. Já passou pelo volante de inúmeros modelos como o Renault Clio RS, Citroën Saxo Kit-Car, Opel Astra Kit-Car, VW Golf Kit-Car, Renault Clio S1600 ou Mitsubishi Lancer Evo X. Está aos comandos de um Porsche desde 2014. Foi campeão absoluto da Madeira em 2013 e 2016.

Lendas do RVM: MG MGA

Os carros do Rali sempre preencheram o imaginário dos madeirenses. Na primeira edição da prova e em estradas muito difíceis, quem se impôs foi o alentejano José Bernardino Lampreia ao volante de um MG MGA. Este modelo da Morris Garage começou a ser desenvolvido em 1951 e foi produzido entre 1955 e 1962. Foi criado por Syd Enever com uma carroçaria mais aerodinâmica e com um centro de gravidade mais baixo que o anterior MG TF. Com pouco menos de 4 metros de comprimento, tinha uma largura de 1,48m e uma altura de 1,27m. Estava dotado de um motor de quatro cilindros em linha, com 1.588 cc, e dupla árvore de cames à cabeça para debitar 108 cavalos. Pesava cerca de 900 kg e tinha uma aceleração dos 0 aos 100 km/h de 12,9 segundos. Estava dotado de travões de disco nas quatro rodas.

Chegar à meta

João Ferreira participa no Rali Vinho da Madeira com o intuito principal de “tentar acabar a prova. Estamos muito limitados em termos de classe pois o nosso carro já está longe da evolução de modelos bem mais recentes e competitivos. Tentaremos estar à partida com a viatura bem melhor preparada pois na Calheta registamos muitos problemas, que nos fizeram perder muito tempo. Para além disso, estive parado cinco anos e acusei uma certa falta de ritmo. Nestas circunstâncias, pretendo, antes de mais, participar neste grande rali, tentar lutar com outros pilotos com carros idênticos ao meu e, sobretudo, chegar à meta”. Ferreira conta 48 anos de idade e estreou-se nos ralis em 2004 com um Toyota Starlet, carro com que venceu várias vezes a classe. No ano seguinte passou para o volante de um Citroën Saxo, viatura que utilizou durante duas temporadas. Entre 2007 e 2010 passou a guiar um Citroën C2 R2 com que foi um dos mais rápidos do seu escalão. O piloto teve depois participações esporádicas com um Renault Clio RS até fazer uma pausa na sua carreira em 2014. Este ano regressou à atividade.

Lendas do RVM: Américo Nunes

Um dos nomes que durante muitos anos foi sinónimo da Volta à Ilha da Madeira, antiga denominação do Rali Vinho da Madeira, foi o de Américo Nunes. O piloto, nascido em 1928 em Lisboa venceu a prova madeirense em quatro ocasiões, entre 1968 e 1970 e ainda em 1977. O piloto subiu ao pódio ainda mais duas vezes, em 1971 e 1972, e cometeu a proeza de ser o único concorrente a terminar a prova madeirense em 1969. O nome de Américo Nunes também esteve sempre ligado aos Porsche. Entre 1962 e 1966 tripulou um Porsche 356 e passou para os comandos do mítico Porsche 911S em 1967. Foi nove vezes campeão nacional e venceu provas entre 1965 e 1978. Em 1980 realizou a sua última temporada a tempo inteiro e acabou por se retirar do automobilismo em 1983. O piloto da Bomba Verde faleceu no final de 2015, vítima de doença prolongada.

“Máquina” do Rali já está a ser instalada na Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia.

Está a ser instalado o Centro Operacional da organização do Rali Vinho da Madeira 2020 na Escola Dr. Horário Bento de Gouveia. No local irá funcionar o Secretariado, Direção de Prova, Colégio de Comissários Desportivos, Sala de Imprensa e o Gabinete Media. Já a partir da próxima segunda-feira dia 27 de julho, o espaço estará a funcionar em pleno, com um horário entre as 10 e as 18 horas. Na semana do Rali o horário será ajustado ao programa da prova.  Um agradecimento especial a Escola Dr. Horário Bento de Gouveia que disponibilizou as instalações para receber o quartel general do Rali Vinho da Madeira 2020. Neste espaço foram tomadas em conta todas as medidas recomendadas pelas Autoridades de Saúde. A quem visitar o local, pedimos que siga também estas recomendações. O uso de máscara é obrigatório.

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