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Como vai o FIA Iberian Rally Trophy?

A zona ibérica do FIA European Rally Trophy foi daquelas menos afetada até agora pela pandemia pois não se registou nenhuma alteração ao calendário inicialmente previsto, exceção feita ao cancelamento do Rali Casinos do Algarve, que era a última prova da temporada. Até agora foram realizados dois ralis espanhóis, Sierra Morena e Villa de Adeje. Na primeira, cumprida entre 8 e 10 de abril nos arredores de Córdoba, venceu com larga vantagem José António Suarez num Skoda Fabia Rally2 Evo, seguido de Jan Solans, piloto que estará presente nesta edição do Rali Vinho da Madeira. No segundo evento já cumprido, entre 13 e 15 de maio na ilha de Tenerife, o triunfo ficou na posse de Yeray Lemes com Citroën C3 R5 por reduzida margem para Surhayen Pernia em Hyundai i20 R5 mas grande distância para Luis Vilarño em Skoda Fabia Rally2 Evo. Este último, contudo, é um dos poucos a ter somado pontos em ambas as provas e é, como tal, o líder da classificação, seguido pelos vencedores dos dois eventos. Após o Rali Vinho da Madeira, ainda terão lugar os ralis Princesa de Asturias e La Nucia – Mediterraneo, ambos em Espanha. Classificação: 1º Luis Vilariño, 45; 2º José António Suarez, 40; 3º Yeray Lemes, 39; 4º Surhayen Pernia, 33; 5º Jan Solans, 31; 6º Sérgio Passos, 26; 7º Javier Pardo, 25; 8º Francisco Pacheco e Joan Vinyes, 23; 10º Fabrizio Zaldivar, 15; 11º Francisco António Lopez, 13; 12º Eduard Pons, 11; 13º Oscar Palacio, 9.

Como vai o Campeonato de Portugal de Ralis?

Este ano já se realizaram três provas do campeonato nacional da especialidade, Terras d’Aboboreira, 30 de abril a 2 de maio, Portugal, 20 a 23 de maio, e Castelo Branco, 11 a 13 de junho. O campeão nacional Armindo Araújo foi segundo na prova inaugural mas o melhor nas outras duas e é assim o guia da classificação. Vencedor da primeira prova do ano, Ricardo Teodósio tem sido menos regular, foi doutra vez segundo e noutra terceiro, e é o piloto mais próximo do lider, com uma desvantagem de sete pontos. No lugar mais baixo do pódio momentâneo está Bruno Magalhães que junta três quartos lugares em três participações com o Hyundai i20 R5. Logo atrás, José Pedro Fontes foi sexto em ambas as provas disputadas em terra mas melhorou para terceiro em Castelo Branco, já em asfalto. Quinto, Bernardo Sousa foi quinto na prova de abertura e quase vencia no rali que também conta para o WRC mas terminou atrasado no último rali disputado. Miguel Correia tem mostrado evolução, foi terceiro no Terras d’Aboboreira e quinto em Castelo Branco mas desistiu na prova mais importante do calendário. Após esta prova, ficam por cumprir os ralis de Mortágua, Alto Tâmega, Serras de Fafe e Vidreiro Centro de Portugal. Classificação: 1º Armindo Araújo, 76; 2º Ricardo Teodósio, 69; 3º Bruno Magalhães, 44; 4º José Pedro Fontes, 37; 5º Bernardo Sousa, 36; 6º Miguel Correia, 30; 7º Paulo Neto, 24; 8º Pedro Meireles, 18; 9º Diogo Salvi, 8; 10º Gil Antunes, 7; 11º Manuel Castro, 6; 12º Fernando Teotónio, 5; 13º Daniel Nunes, 2; 14º Alexandrino Dinis, 2; 15º Paulo Barata, 1.

Como vai o Campeonato de Ralis Coral da Madeira?

Devido ao começo da temporada ter sido adiado devido à pandemia, até agora só se cumpriram duas provas do campeonato madeirense da modalidade. O equilíbrio entre os principais pilotos tem sido evidente e as provas têm sido animadas até final pois só mesmo depois de disputada a última classificativa dos eventos se conheceu o vencedor. Na altura ao volante de um Citroën C3 Rally2 Evo, Alexandre Camacho venceu na Ribeira Brava, 25 e 26 de julho, com uma vantagem de 1,4 segundos sobre Miguel Nunes e este impôs-se no Rali do Marítimo, 16 e 17 de julho, por meros 0,5 segundos. Este equilíbrio está também nas contas do campeonato, liderado por Camacho com 2 pontos de avanço sobre Nunes. À descoberta do Skoda Fabia Rally2 Evo, Pedro Paixão foi algo defensivo na prova inaugural e perdeu muito tempo com um furo quando começava a dar réplica em Machico. Rui Pinto e Filipe Freitas têm rodado nos lugares imediatos mas ambos somam também cada um uma desistência. Isso leva a que José Camacho, mais forte com o Peugeot 208 T16, surja na quarta posição da competição, seguido por Rui Jorge Fernandes, até agora imparável no seu escalão. Com duas vitórias, Américo Gouveia está também destacado no grupo RC4. Após o Rali Vinho da Madeira, faltarão disputar os ralis de Câmara de Lobos/Funchal, Faial – Santana e Calheta. Classificação: 1º Alexandre camacho, 51; 2º Miguel Nunes, 49; 3º Pedro Paixão, 32; 4º José Camacho, 22; 5º Rui Jorge Fernandes, 20; 6º Rui Pinto, 17; 7º Filipe Freitas, 14; 8º Dinarte Baptista, 14; 9º Paulo Mendes, 10; 10ª Américo Gouveia, 8; 11º João Ferreira, 8; 12º Carlos Silva, 3; 13º Pedro Macedo, 2; 14º Cláudio Nóbrega, 2; 15º Paulo Nunes, Miguel Caires, Ricardo Gonçalves, Miguel Gouveia, Rodrigo Jasmins e Tiago Neves, 1     

Verificações são esta tarde

Decorrem esta tarde as verificações para o Rali Vinho da Madeira de 2021. As verificações administrativas terão lugar na Praça CR7 entre as 18:00 e as 21:00 enquanto as verificações técnicas iniciais e selagem de turbos e caixas têm como palco o Pontão Norte do Porto do Funchal com um horário de começo às 18:15 e término às 21:30. Estes procedimentos costumam juntar muito público que vê nestas ocasiões uma boa oportunidade de um primeiro contacto com os participantes e as suas viaturas que evoluirão nas estradas madeirenses nos dias seguintes. Tal como para o restante programa da prova, é aconselhado um comportamento responsável e o respeito das regras sanitárias.

Rali presta tributo póstumo a seis figuras

Será na próxima quinta-feira dia 5 de agosto no final da  apresentação dos pilotos e desfile das viaturas no podium instalado na Praça do Povo. O fotógrafo amador e aficionado do automobilismo, Filipe Ferraz, o antigo co-piloto Duarte  Coelho, o Observador da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting – FPAK, Claudino Romeiro , Noel Deberdt, organizador do Ieper Rally na Bélgica, o saudoso piloto madeirense Janica Clemente e Joaquim Sá e Sousa, que por sinal acompanhou Janica em alguns ralis, passando mais tarde a integrar várias Comissões Organizadoras do RVM, são os seis homenageados postumamente, na cerimónia pública da próxima quinta-feira. O escultor Ricardo Veloza, criou de propósito para assinalar o evento uma peça de arte que nas suas palavras “representa uma homenagem à vida e não à morte”. Nas peças estão representadas as individualidades de cada pessoa alvo deste  tributo do Rali Vinho Madeira.   Na memória descritiva que fez à sua obra, o escultor Ricardo Veloza, fala-nos numa peça que “consiste num plano de ferro, com orifício por onde passa uma fita em metal revestida em folha de ouro, representando a vida, enquanto o elemento em dourado representa a passagem para o outro lado. “O orifício altera conforme o tempo que passaram pela vida. Conforme a idade, o orifício fica no topo do plano, enquanto para os que faleceram mais jovens o orifício fica mais em baixo”  

Repetir vitória

Miguel Nunes estabeleceu para o Rali Vinho da Madeira “o objetivo de conquistar o melhor resultado possível, com a esperança de poder repetir o triunfo de 2020. No entanto, existe muita concorrência e forte. São muitas as equipas com potencial para vencer esta prova. No campeonato de ralis da Madeira já se sente que andamos nos limites e os protagonistas dessa competição vão estar presentes. Para além dos pilotos regionais, não nos podemos esquecer que as equipas que nos visitam também vão querer dar o seu melhor. Para este rali não teremos nada de novo, apenas efetuamos pequenos acertos na base que já tínhamos antes. Nesta fase em que estamos é difícil fazer melhor”. Miguel Nunes tem 40 anos de idade e começou nos ralis em 2005 com um Citroën C2 R2. Em 2007 passou para o volante de um Peugeot 206 S1600 com que foi vice-campeão regional em 2008. Repetiu a classificação em 2009 já com um Peugeot 207 S2000 e com essa viatura obteve o seu primeiro título em 2010. Mudou então para um Mitsubishi Lancer Evo X e voltou a ser campeão em 2012 e 2014. Esteve então uns anos com pouca atividade desportiva, quase sempre aos comandos de um Ford Fiesta R5. Em 2018 voltou em pleno ao “Regional” com um Citroën DS3 R5 e depois com um Hyundai i20 R5, viatura que manteve para 2019. Em 2020 foi novamente campeão, desta feita com um Skoda Fabia Rally2 Evo. Em 2021 venceu em Machico, foi segundo na prova inaugural e está na segunda posição do campeonato.

FIA ERT: O que é e como funciona?

O FIA European Rally Trophy nasceu em 2014 e sucedeu à Taça da Europa de Ralis. Nos moldes atuais, este é um troféu europeu de ralis que está dividido em oito regiões geográficas. Existem as zonas Alps, que engloba países como a França, Itália e Suiça, em torno dos Alpes, Balkan, integrando países como a Bulgária, Roménia, Turquia e Sérvia, ao longo dos Balcãs, Baltic, para países como a Letónia, Estónia e Lituânia, banhados pelo Báltico, Benelux para Bélgica e Luxemburgo, Celtic, reservado à Irlanda e Reino Unido, Central, com países centrais como a Áustria, Rep. Checa, Croácia, Eslovénia, Polónia ou Alemanha, Iberian para Portugal e Espanha e ainda Scandinavian para Suécia, Finlândia e Dinamarca. Em todas estas zonas são obtidos campeões não só ao nível absoluto (ERT1) como ainda para viaturas de duas rodas motrizes (ERT2) e Junior, para pilotos com menos de 26 anos. De todas as zonas, os dez primeiros classificados de cada escalão estão também apurados para a Final. É nessa Final que se atribui o título em todos os escalões. Em 2021 a Final terá lugar no Internationale ADMV, Lausitz Rallye a disputar na Alemanha entre 4 e 6 de novembro Essa final teve como palco em 2017 e 2018 o Rali Casinos do Algarve, em Portugal.

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