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Recuperar pontos

Bruno Magalhães quase realizava outra estreia a nível mundial na Madeira pois existiu a possibilidade da sua equipa se fazer representar no Rali Vinho Madeira com o Hyundai i20 N Rally2. Tal lançamento acontecerá dentro de uma semana, em Ypres, no WRC e o piloto português estará à partida da prova organizada pelo Club Sports da Madeira com o habitual i20 R5. Nessas circunstâncias, o piloto de Lisboa pretende “tentar ser o melhor no campeonato nacional e recuperar pontos. Este é um rali em que normalmente estamos bem mas a nossa prioridade é mesmo o campeonato. Esta é também uma prova de que gosto bastante, pelo que, veremos depois até onde podemos chegar”. Magalhães conta 41 anos de idade e estreou-se nos ralis em 1999 com um VW Golf GTi. Passou depois por algumas versões de Mitsubishi Lancer e Ford Escort Cosworth mas em 2003 assumiu o volante de um Peugeot 206 GTi e viria a ganhar o troféu monomarca no ano seguinte. O sucesso levou a marca a contratá-lo e, ao serviço da cas do leão, guiou um Peugeot 206 S1600. Em 2007 venceu na estreia com o Peugeot 207 S2000 e seria campeão nesse ano e até 2009. Em 2014 passou a estar de forma regular em competições internacionais e em 2017, com um Skoda Fabia R5, foi vice-campeão europeu. Voltou em 2019 ao CPR, em que foi duas vezes segundo com um Hyundai. Um dos recordistas de vitórias no Rali Vinho Madeira, é terceiro no campeonato nacional.

Andar o mais depressa possível

Pedro Paixão entrará no Rali Vinho da Madeira com a vontade de “andar o mais depressa possível. No entanto, o mais importante é terminar. Claro que gostaria de ganhar este rali, é um sonho de criança, mas os meus adversários são bastante fortes. Penso, sobretudo, nos meus principais adversários no campeonato regional. Será uma tarefa difícil pois eles detêm muito mais experiência do que nós numa prova em que tal pode ser determinante. Apesar de tudo, a nossa rapidez pode se evidenciar”. Pedro Paixão tem 26 anos de idade e começou nos ralis há 5. Em 2016, o piloto estreou-se com um Toyota Yaris mas nas provas seguintes esteve ao volante de Peugeot 208 R2 e Opel Adam R2.  Ainda nessa temporada passou para o volante de um Renault Clio R3 com que foi, sucessivamente, vencendo a classe e foi pela primeira vez a um pódio absoluto em 2017, em Machico. Em 2019 começou a utilizar Skoda Fabia R5 e a incomodar as referências no arquipélago. Em 2021 o piloto dispõe de um Skoda Fabia Rally2 Evo e é terceiro no campeonato regional depois de ter sido terceiro na Ribeira Brava e quarto em Machico.

Estar na luta pelo pódio

O espanhol Jan Solans revela que “é um prazer correr na Madeira. O Rali Vinho da Madeira é uma prova mítica, pela qual sempre passaram grandes nomes do automobilismo, e só posso estar contente de poder participar. Esta é a minha primeira vez no rali e não conheço as estradas. Pelo que ouvi, tem locais muito rápidos e em que o conhecimento é importante. No entanto, espero poder vir a lutar pelo pódio. Tenho sido bem aconselhado e conto poder me adaptar rapidamente”. Solans tem 23 anos e deu os seus primeiros passos nos ralis há cinco, em 2016. Realizou a estreia com um Peugeot 208 R2 mas depois realizou a restante temporada com um Mitsubishi Lancer Evo IX e foi com essa viatura que venceu o ERT2 do FIA Iberian Rally Trophy desse ano. Regressou para duas temporadas com o Peugeot e foi campeão espanhol de terra na sua classe em 2018. Em 2019 migrou para o WRC com um Ford Fiesta R2T e foi campeão mundial júnior. No ano seguinte passou a comandar um Ford Fiesta R5 e em 2021 a defender as cores da Citroën Espanha. Foi segundo nos ralis Sierra Morena e Tierras Altas de Lorca e terceiro no WRC3 no Rallye dItalia Sardegna.

Factos do Rali: recorde de vitórias

Antes de concluída a próxima edição do Rali Vinho da Madeira existem quatro pilotos com o maior número de vitórias, quatro, no evento. Por ordem cronológica, Américo Nunes, Andrea Aghini, Giandomenico Basso e Bruno Magalhães são os pilotos que puderam festejar tantas vezes o triunfo na prova que desde 1959 é promovida pelo Club Sports da Madeira. Tal como em anteriores participações, Magalhães poderá passar a ser o recordista absoluto de triunfos caso se imponha em 2021 com o seu Hyundai i20 R5. No entanto, ao “clube” poderá também se juntar Alexandre Camacho. O piloto madeirense recolheu os louros entre 2017 e 2019 e, caso vença este ano, alargará o lote. À partida da prova estarão outros anteriores vencedores, Adruzilo Lopes e José Pedro Fontes, ambos com um triunfo cada um.

Factos do Rali: 35 participações de José Camacho

José Camacho deverá arrancar na próxima quinta-feira, 5 de agosto, para aquela que será a sua 35ª participação no Rali Vinho da Madeira. O piloto madeirense, campeão regional em 1990, alinhou pela primeira vez na prova organizada pelo Club Sports da Madeira em 1985 e apenas não compareceu à partida em 2010 e 2011. Camacho, com 58 anos de idade, utilizou viaturas tão díspares como as versões 1.6 e 1.9 do Peugeot 205 GTi, Peugeot 309 GTi, Ford Sierra Cosworth 4x4, Opel Astra GSi, VW Golf GTi, Seat Ibiza Kit-Car, Peugeot 206 S1600, Fiat Grande Punto S2000 e Peugeot 208 T16. O seu melhor resultado foi obtido em 2004 quando foi quarto com um Peugeot 306 Maxi. Rui Fernandes, 32 presenças, é o segundo piloto com mais presenças na prova e Rui Pinto, que estreia nesta edição um Ford Fiesta R5 MkII, terá nesta a sua 29ª comparência ao evento. Entre os pilotos de fora da Madeira Bruno Magalhães lidera a tabela quando se apresta a participar pela 19ª ocasião numa prova que considera uma das suas preferidas.

Lutar pelo pódio do CPR

Bernardo Sousa regressa à Madeira num carro de competição. O piloto madeirense alinha na prova organizada pelo Club Sports da Madeira para “lutar pelo pódio no campeonato nacional. Todos os nossos adversários dispõem de carros muito mais recentes que o nosso e, nessas condições, não nos resta mais que ajustar os nossos objetivos. Será muito difícil lutar contra o Alexandre Camacho, Miguel Nunes e Pedro Paixão, até porque a nossa viatura deverá ser cerca de 0,5 segundo mais lenta em cada quilómetro. Não conseguimos testar antes mas esperamos, adentro das limitações, poder proceder a vários acertos antes de a prova ir para a estrada. Desde 2014 que não disputo este rali, precisamente um em que o conhecimento é muito importante à conquista dum bom resultado. Sem alguma alteração importante no nosso orçamento, esta deverá ser a minha última prova de 2021”. Sousa tem 34 anos de idade e estreou-se nos ralis em 2005 com um Ford Escort RS. No ano seguinte conduziu um Peugeot 206 S1600 no campeonato insular e um Skoda Fabia TDi na competição nacional. Em 2007 passou a dispor de um Mitsubishi Lancer Evo IX e obteve o seu primeiro triunfo absoluto no Porto Santo. Militou então vários anos e com diversas viaturas em escalões secundários do WRC. De permeio, em 2010, foi campeão nacional absoluto com um Ford Fiesta S2000. Em 2018 e 2019 correu no campeonato açoriano. Em 2021 regressou à atividade com um Skoda Fabia R5 e é quinto num campeonato nacional em que brilhou no Vodafone Rali de Portugal.

Sair na frente do CPR

No próximo Rali Vinho da Madeira, o objetivo de Armindo Araújo é o Campeonato de Portugal de Ralis. Nesta altura lidero a competição e quero sair da Madeira na liderança. Se possível, com a mesma reforçada. Este é um rali desafiante e difícil e a minha participação vai ser determinada em função daquilo que os meus adversários no CPR possam fazer. Temos sempre o desejo de tentar vencer o rali mas a gestão do campeonato obriga-nos a, por vezes, adotar outro ritmo. Tal como nos últimos anos, a nossa meta é essa”. Armindo Araújo tem 43 anos de idade e está nos ralis desde 2000. A sua estreia foi efetuada com um Citroën Saxo com que foi campeão nacional de Promoção e venceu o troféu específico. Tais feitos chamaram a atenção da casa francesa que, com um Saxo Kit-Car, o fez defender as suas cores. Foi, com essa viatura, campeão nacional em 2003 e 2004. Passou então a correr pela Mitsubishi e voltou a ser campeão nacional em 2005 e 2006. Migrou para o WRC e foi campeão mundial de Produção em 2008 e 2009. Após anos difíceis com a Mini, fez uma pausa na sua carreira e voltou à competição em 2017. Foi campeão nacional em 2018 com um Hyundai e em 2020 com um Skoda. Lidera neste momento o CPR após duas vitórias.

Factos do Rali: regresso do Shakedown e Qualifying

Ausente do programa de 2020 devido às limitações impostas pela pandemia, o Shakedown volta em 2021 ao Rali Vinho da Madeira. O Shakedown é utilizado pelos concorrentes para verificarem os acertos das suas viaturas assim como para proceder aos últimos ajustes e melhorias ao desempenho dos carros de competição. Este ano volta à Estrada dos Cardais e ER 224 na quinta-feira, 5 de agosto, entre as 11:00 e as 13:30. Antes, contudo, terá lugar o Qualifying, no mesmo local e entre as 08:15 e 10:50. O Qualifying é reservado aos pilotos com prioridade e, após algumas passagens de reconhecimento, terá uma sessão cronometrada. Aos concorrentes mais rápidos, e pela ordem das melhores marcas estabelecidas em tal passagem, será permitida a escolha da ordem de partida para a 1ª etapa. A sequência de partida em provas como o Rali Vinho da Madeira pode ser determinante na obtenção de bons tempos em classificativa pois da mesma poderá resultar uma estrada mais ou menos suja ou ainda condições climatéricas diversas.

Poster RVM é uma homenagem aos vencedores

Ricardo Veloza é o autor do poster do Rali Vinho da Madeira de 2021. A imagem em destaque retrata a viatura do vencedor da edição anterior, o Skoda Fabia R5 EVO, pilotado por Miguel Nunes e navegado por João Paulo.  No processo criativo foi dada especial atenção aos detalhes do carro, sobrepondo efeitos que remetem para a competição e a velocidade. A cor verde no lado esquerdo representa os cenários verdes da ilha da Madeira, que servem de palco à competição.  O poster segue a linha dos anos anteriores, dados relevância aos vencedores do RVM.  

Melhor resultado na classe

Em foco no próximo Rali Vinho da Madeira estará a participação de João Silva, que estreará em solo nacional o Renault Clio Rally4. O piloto pretende “conhecer a viatura, compreender como funciona e tentar explorar o seu potencial ao máximo. Esperamos conseguir o melhor resultado possível na classe mas o principal objetivo é tentar analisar bem o carro e ajudar no seu acerto e otimização. Este carro, que, até agora, participou em duas provas no estrangeiro, tem todas as opções para o modelo e os resultados têm sido bons. Depois de vários anos com carros de duas rodas motrizes e depois com carros turbo de tração integral, vou juntar pela primeira vez no veículo utilizado um motor turbocomprimido com a tração dianteira. Vamos tentar tirar o máximo proveito”. João Silva tem 32 anos de idade e estreou-se nos ralis em 2007 com um Toyota Yaris. No ano seguinte a viatura utilizada foi um Citroën C2 R2 e logo aí foi vice-campeão júnior. O título juvenil veio nos anos seguintes já aos comandos de um Renault Clio R3, modelo que conduziu até 2016. Pelo caminho foi campeão nacional de duas rodas motrizes em 2011. Entre 2017 e 2019 esteve ao volante de um Citroën DS3 R5, obteve os seus primeiros triunfos em ralis regionais e foi vice-campeão madeirense nos dois primeiros anos com esse carro. Em 2020 só alinhou no Rali Vinho da Madeira com um Skoda Fabia Rally2 Evo.

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