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Ganhar a classe RGT

Filipe Freitas apresenta-se a este Rali Vinho da Madeira com a vontade de “ganhar a classe RGT. Vamos tentar andar o melhor possível e, conforme o desenrolar da prova, fixar outros objetivos. Lutar em ralis com os pilotos em viaturas R5 não é fácil mas tudo faremos para ficar à frente duns quantos adversários nesse tipo de viatura. Neste rali, caso a temperatura esteja alta e como estamos num carro potente e de tração traseira, poderemos ter problemas com o desgaste de pneus e a nossa prova pode ser determinada pela gestão da borracha”. Freitas tem 48 anos de idade e fez a sua estreia nos ralis em 1998. No ano seguinte disputou uma competição monomarca em que foi um dos protagonistas. Já passou pelo volante de inúmeros modelos como o Renault Clio RS, Citroën Saxo Kit-Car, Opel Astra Kit-Car, VW Golf Kit-Car, Renault Clio S1600 ou Mitsubishi Lancer Evo X. Está aos comandos de um Porsche desde 2014. Foi campeão absoluto da Madeira em 2013 e 2016.

Lendas do RVM: MG MGA

Os carros do Rali sempre preencheram o imaginário dos madeirenses. Na primeira edição da prova e em estradas muito difíceis, quem se impôs foi o alentejano José Bernardino Lampreia ao volante de um MG MGA. Este modelo da Morris Garage começou a ser desenvolvido em 1951 e foi produzido entre 1955 e 1962. Foi criado por Syd Enever com uma carroçaria mais aerodinâmica e com um centro de gravidade mais baixo que o anterior MG TF. Com pouco menos de 4 metros de comprimento, tinha uma largura de 1,48m e uma altura de 1,27m. Estava dotado de um motor de quatro cilindros em linha, com 1.588 cc, e dupla árvore de cames à cabeça para debitar 108 cavalos. Pesava cerca de 900 kg e tinha uma aceleração dos 0 aos 100 km/h de 12,9 segundos. Estava dotado de travões de disco nas quatro rodas.

Chegar à meta

João Ferreira participa no Rali Vinho da Madeira com o intuito principal de “tentar acabar a prova. Estamos muito limitados em termos de classe pois o nosso carro já está longe da evolução de modelos bem mais recentes e competitivos. Tentaremos estar à partida com a viatura bem melhor preparada pois na Calheta registamos muitos problemas, que nos fizeram perder muito tempo. Para além disso, estive parado cinco anos e acusei uma certa falta de ritmo. Nestas circunstâncias, pretendo, antes de mais, participar neste grande rali, tentar lutar com outros pilotos com carros idênticos ao meu e, sobretudo, chegar à meta”. Ferreira conta 48 anos de idade e estreou-se nos ralis em 2004 com um Toyota Starlet, carro com que venceu várias vezes a classe. No ano seguinte passou para o volante de um Citroën Saxo, viatura que utilizou durante duas temporadas. Entre 2007 e 2010 passou a guiar um Citroën C2 R2 com que foi um dos mais rápidos do seu escalão. O piloto teve depois participações esporádicas com um Renault Clio RS até fazer uma pausa na sua carreira em 2014. Este ano regressou à atividade.

Lendas do RVM: Américo Nunes

Um dos nomes que durante muitos anos foi sinónimo da Volta à Ilha da Madeira, antiga denominação do Rali Vinho da Madeira, foi o de Américo Nunes. O piloto, nascido em 1928 em Lisboa venceu a prova madeirense em quatro ocasiões, entre 1968 e 1970 e ainda em 1977. O piloto subiu ao pódio ainda mais duas vezes, em 1971 e 1972, e cometeu a proeza de ser o único concorrente a terminar a prova madeirense em 1969. O nome de Américo Nunes também esteve sempre ligado aos Porsche. Entre 1962 e 1966 tripulou um Porsche 356 e passou para os comandos do mítico Porsche 911S em 1967. Foi nove vezes campeão nacional e venceu provas entre 1965 e 1978. Em 1980 realizou a sua última temporada a tempo inteiro e acabou por se retirar do automobilismo em 1983. O piloto da Bomba Verde faleceu no final de 2015, vítima de doença prolongada.

“Máquina” do Rali já está a ser instalada na Escola Dr. Horácio Bento de Gouveia.

Está a ser instalado o Centro Operacional da organização do Rali Vinho da Madeira 2020 na Escola Dr. Horário Bento de Gouveia. No local irá funcionar o Secretariado, Direção de Prova, Colégio de Comissários Desportivos, Sala de Imprensa e o Gabinete Media. Já a partir da próxima segunda-feira dia 27 de julho, o espaço estará a funcionar em pleno, com um horário entre as 10 e as 18 horas. Na semana do Rali o horário será ajustado ao programa da prova.  Um agradecimento especial a Escola Dr. Horário Bento de Gouveia que disponibilizou as instalações para receber o quartel general do Rali Vinho da Madeira 2020. Neste espaço foram tomadas em conta todas as medidas recomendadas pelas Autoridades de Saúde. A quem visitar o local, pedimos que siga também estas recomendações. O uso de máscara é obrigatório.

Pepe Lopez confirmado no RVM

Campeão espanhol em título, "Pepe" Lopez confirmou a sua presença no Rali Vinho da Madeira. O piloto estará na ilha com um Citroën C3 R5 com assistência da portuguesa Sports & You. Lopez estreou-se na Madeira o ano passado e foi segundo após ter assinado alguns bons tempos em classificativa. Com 24 anos, o espanhol obteve o seu primeiro título em 2016 quando venceu o Volant Peugeot e defendeu depois disso as cores da casa francesa no ERC.

Aproximar-me da frente

Ricardo Gonçalves alinha na competição monomarca com Toyota Yaris em que “tentarei me aproximar da “lebre” do troféu. O Bruno Coelho dispõe de muita experiência e de um carro muito bom mas tentaremos já na próxima prova fazer jogo igual. Ainda é um pouco cedo mas veremos como chegaremos, nós e o carro, ao rali. Na Calheta tínhamos um acerto de compromisso e, como tal, temos muitas melhorias para fazer. Esperemos que no Rali Vinho da Madeira a nossa viatura tenha um comportamento melhor e que eu tenha reaprendido a conduzir o carro”. Com 45 anos de idade, Ricardo Gonçalves começou a participar em ralis apenas em 2007. No primeiro ano de competição tripulou um Toyota Starlet e na temporada seguinte saltou para o volante do Toyota Yaris. Foi regularmente um dos mais rápidos no escalão até conseguir o título em 2014. Em 2015 passou a estar aos comandos de um Citroën C2 R2. Em 2020 deu um passo atrás e regressou ao Toyota Yaris, modelo de cuja competição monomarca é um dos principais impulsionadores.

Tentar manter o mesmo ritmo da Calheta

Pedro Paixão participa no próximo Rali Vinho da Madeira com “o mesmo objetivo que na primeira prova do ano. Queremos nos divertir pois, se não conseguirmos apoios, esta poderá ser a nossa última prova do ano. O nosso carro é mais fraco que o da concorrência e se conseguirmos a rapidez e consistência que conseguimos na Calheta, tanto melhor. Ali obtivemos um ótimo resultado. Vamos tentar o mesmo ritmo, sem correr quaisquer riscos. Se conseguirmos lutar com os adversários será muito bom. Se não conseguirmos, não vamos atrás deles.” Pedro Paixão tem 25 anos de idade e, após a quase obrigatória passagem pelo karting, estreou-se nos ralis em 2016. Esteve ao volante de um Toyota Yaris mas nas provas seguintes surgiu montado num Peugeot 208 R2 e Opel Adam R2. Posteriormente, deu nas vistas com um Renault Clio R3 até passar aos comandos de uma viatura R5, um Hyundai i20 em 2018. Desde essa altura que possui um Skoda Fabia R5 de primeira geração. Já passou muitas vezes pelo comando de uma prova do campeonato madeirense e, apesar de ter estado perto, nunca conseguiu uma vitória absoluta nesta competição.

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