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Lendas do RVM: Andrea Aghini

A popularidade de Andrea Aghini na Madeira teve início com a sua estreia vitoriosa no Rali em 1992 a bordo de um vistoso “Deltona” da Martini Racing. Uma saída de estrada televisionada no ano seguinte também contribuiu para que ficasse cada vez mais conhecido. O italiano sempre foi muito rápido nas estradas da ilha e conseguiria obter mais três triunfos, em 1994 com um Toyota Celica, em 1998 com um Toyota Corolla WRC e ainda em 2002 com um Peugeot 206 WRC. Sendo um dos recordistas de vitórias na prova, foi o único a conseguir, em 1994, a proeza de vencer todas as provas especiais de uma edição. Agora com 56 anos de idade, Aghini começou nos ralis em 1983 com um Autobianchi A112 Abarth. Em 1987 tripulou um Peugeot 205 GTi e integrou a equipa da marca francesa no seu país entre 1988 e 1991 com os modelos 309 GTi e 405 Mi16. Chamou a tenção da Lancia e defendeu as cores oficiais em 1992, ano em que obteve a sua única vitória no WRC, e 1993. Posteriormente esteve ligado às equipa Grifone, com Toyota, Procar, com Subaru. Participu com os mais variados modelos de forma regular até 2011 e fez as suas duas últimas aparições em 2017 e 2018.

Terminar vencendo categoria

Vítor Sá participa na próxima edição da prova que venceu ao nível absoluto em 2004 com a ambição de “terminar o rali e vencer a nossa categoria. Esperamos não ter os azares que tivemos na Calheta e pretendemos estar competitivos. Nesse sentido realizamos pequenas alterações ao acerto e a algum material da nossa viatura e esperamos que estas se traduzam em  melhoramento que pode ser significativo”. Atualmente com 55 anos de idade, Vítor Sá estreou-se nos ralis em 1988 com um Renault 5 GT Turbo. Entre 1989 e 1991 integrou a equipa Toyota Madeira e no ano seguinte obteve o seu primeiro título regional ao volante de um Ford Sierra RS Cosworth. Viria ainda a ser campeão local mais dez vezes tripulando carros como o Subaru Impreza 555, Subaru Impreza WRC, Peugeot 306 Maxi, Peugeot 206 S1600, Renault Clio S1600, Fiat Punto S2000 e Peugeot 207 S2000. Após uma longa pausa, regressou à atividade o ano passado com um Citroën DS3 R3T.

Lendas do RVM: Porsche 911S

Foram muitos os pilotos que passaram pelo Rali Vinho da Madeira a bordo de um Porsche 911S e Giovanni Salvi também o levou ao triunfo em 1971 mas foi sobretudo com Américo Nunes que este modelo ficou para sempre gravado na memória dos madeirenses. O piloto venceu quatro edições do evento, numa delas foi mesmo o único concorrente a terminar, devido ao poder de uma viatura que recebeu mesmo o cognome de Bomba Verde. O Porsche 911 foi apresentado em 1966 e surgia nas suas primeiras versões com um motor de seis cilindros horizontais opostos de 1.991 cc que em competição ultrapassava em pouco os 200 cavalos. Posteriormente o modelo viria a receber um motor de 2.687 cc com uma potência mais próxima dos 300 cavalos, um valor importante para a altura. A tração traseira e a colocação do motor na extremidade também traseira do veículo tornavam a sua condução muito exigente.

Alexandre Camacho é número 1 numa lista com os 4 campeões

A Comissão Organizadora do Rali Vinho da Madeira revelou hoje a lista com 60 inscritos para a próxima edição da prova, que estará na estrada entre os dias 6 e 8 de agosto. O rol de inscritos reunido revela uma grande qualidade e promete muita animação tanto ao nível da classificação absoluta como no que toca aos agrupamentos e classes em que a competição se desdobra. Da lista constam os principais animadores da modalidade a nível nacional e regional com um parque automóvel notável em que se destacam 17 viaturas R5, 1 WRC e 2 Porsche entre muitos outros. O primeiro piloto a arrancar será o campeão regional em título e vencedor das últimas três edições do evento, Alexandre Camacho num Citroën C3 R5. Outros atuais campeões com presença confirmada serão o de Espanha, José Maria Lopez noutro Citroën C3 R5, o de Portugal, Ricardo Teodósio e o dos Açores, Luis Miguel Rego, ambos em Skoda Fabia R5 Evo. Na lista destacam-se outros pilotos que já venceram a clássica madeirense, Bruno Magalhães em Hyundai i20 R5, José Pedro Fontes em Citroën C3 R5, Vítor Sá com um Citroën DS3 R3T e Adruzilo Lopes em Peugeot 208 R2. A luta pelas primeiras posições terá também como atores Miguel Nunes, Armindo Araújo, Ricardo Teodósio e João Silva, todos em Skoda Fabia R5 Evo, Pedro Meireles em Volkswagen Polo GTi R5 e Pedro Paixão em Skoda Fabia R5. Rui Pinto alinha o habitual Ford Focus RS WRC e Filipe Freitas e Gil Freitas compõem o contingente em Porsche 991 GT3 RS. A lista de inscritos hoje apresentada engloba também um excelente lote de pilotos nos agrupamentos NR4, RC3, RC4 e RC5. Notícia atualizada. https://ralivm.com/2020/sites/default/files/rvm2020_lista_inscritos_ert.pdf https://ralivm.com/2020/sites/default/files/rvm2020_lista_inscritos_cmr.pdf

Lendas do RVM: Ari Vatanen

Foi um dos primeiros “finlandeses voadores” e passou pela Madeira em 1978. Ninguém na Madeira ficou indiferente à presença de Ari Vatanen no Rali Vinho da Madeira. A sua condução exuberante e espetacular cativou todos aqueles que assistiram a esta prova que venceu de forma categórica. A sua presença na ilha também contribuiu para que o rali organizado pelo Club Sports da Madeira passasse a integrar no ano seguinte o campeonato europeu da modalidade. Atualmente com 68 anos, Vatanen estreou-se nos ralis em 1971 com um Opel RK. Nos quatro anos seguintes esteve sempre ao volante de modelos da marca alemã mas em 1975 passou para os comandos do Ford Escort RS em que viria a se celebrizar. Em contínua ascensão, viria ser campeão mundial em 1981, 3 anos após a vitória na Madeira. Regressou à Opel em 1983 com o Manta 400 e depois fez parte, entre 1984 e 1996, da equipa oficial da Peugeot/Citroën tanto nos ralis como no Dakar. Com um palmarés de que constam 10 vitórias no WRC, participa esporadicamente em provas automobilísticas.

Ganhar ritmo

Gil Freitas arrancará para o Rali Vinho Madeira com “o objetivo primeiro de chegar ao final. Gostaria também de ganhar o grupo RGT mas, acima de tudo e porque estivemos muito tempo parados, quero ganhar ritmo para o resto da temporada. É ainda um pouco prematuro falar das condições meteorológicas mas muito calor pode dificultar bastante a gestão da borracha. Pior, no entanto, seriam condições instáveis pois nessas circunstâncias torna-se quase impossível conduzir o Porsche. Nesta edição a grande diferença será o cumprimento das regras sanitárias e nesse particular desejo que tudo corra bem”. Freitas começou nos ralis já bastante tarde, em 2013, com um Opel Kadett GT/E. Rapidamente passou para os comandos de um Opel Ascona 400, viatura com que cumpriu a restante época. No ano seguinte, em 2014 passou a tripular Porsche 911 GT3, modelo ao qual é fiel até hoje apesar de em 2017 ter estado num Citroën DS3 R5. Com o carro alemão já subiu muitas vezes ao pódio e venceu ao nível absoluto o Rali do Faial de 2015. Foi campeão nacional do grupo em 2015 e obteve igual título mas regional o ano passado.

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