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Rodar o mais possível

João Ferreira enfrente o próximo Rali Vinho da Madeira com “um carro novo. O Citroën DS3 R3T é completamente diferente da viatura que utilizava antes e implica uma forma muito diferente de conduzir e de afinar. Nesse sentido, as minhas ambições para a prova serão ligeiramente mais comedidas que habitualmente e pretendo rodar o mais possível para ficar a conhecer o carro. Até porque o meu carro é um R3T “normal”, sem os upgrade de eletrónica, suspensão e travões que têm os Max, e é muito difícil entrar, em condições normais, em luta com alguns dos meus adversários. No final do rali espero estar mais à vontade”. Com 49 anos de idade, Ferreira estreou-se nos ralis em 2004 com um Toyota Starlet e desde cedo começou a discutir as primeiras posições na classe e na competição monomarca disputada com o modelo. No ano seguinte passou para os comandos de um Citroën Saxo, no qual se manteve até 2008, sempre com grande protagonismo no escalão. Em 2009 adquiriu um Citroën C2 R2 e venceu o Troféu Eng. Rafael Costa. Desde então não manteve participação regular nos ralis até 2019. Em 2020 regressou à competição com um Citroën C2 e no último Rali do Marítimo estreou o Citroën DS3 R3T.

Factos do Rali: estrangeiros estreantes

As duras e exigentes estradas da ilha nas primeiras edições do Rali Vinho Madeira colocavam aos concorrentes inúmeras dificuldades para que conseguissem cumprir velocidades médias “impossíveis” numa altura em que este tipo de provas eram de regularidade e decidiam-se pelo mínimo de penalização. Já em tempo mais recente, um asfalto muito técnico não diminuiu o nível de dificuldade de sucesso num evento que exige também um perfeito conhecimento de um terreno que exige trajetórias perfeitas. Como tal, convencionou-se que muito dificilmente um piloto estrangeiro venceria na sua primeira participação na prova. No entanto, foram já nove os pilotos estrangeiros que venceram na sua estreia na ilha. Tal feito foi conseguido pelo francês Jean-Pierre Nicolas, em 1967 com um Renault R8 Gordini, pelo finlandês Ari Vatanen, em Ford Escort RS em 1978, pelo italiano Toni Fassina, com o potente Lancia Stratos em 1979, pelo luxemburguês Ali Kridel, no ano de 1981 num Ford Escort RS, pelo italiano Massimo Biasion, em 1983 com Lancia Rally 037, pelo finlandês Henri Toivonen, no ano seguinte tripulando um Porsche 911 SC, pelo espanhol Salvador Serviá, em 1985 e em Lancia Rally 037, pelo italiano Fabrizio Tabaton, em 1986 com o muito eficaz Lancia Delta S4, e novamente em 1992 pelo também italiano Andrea Aghini, aos comandos de um Lancia Delta Integrale 16V. Em 2021 estreiam-se no Rali Vinho da Madeira os espanhóis Jan Solans, ao volante de um Citroën C3 Rally2, e Francisco Santana Castro num menos recente Opel Corsa B Kit-Car.

Factos do Rali: estreia do Ford Fiesta R5 MkII

Na próxima edição do Rali Vinho da Madeira correrá pela primeira vez na Madeira o Ford Fiesta R5 MkII. Pilotada por Rui Pinto, esta viatura foi desenvolvida pela britânica M-Sport e apresentada em 2019 como resposta a novos modelos na categoria e a outras evoluções de carros da concorrência. Este carro é uma evolução do primeiro Ford Fiesta R5, um dos modelos mais difundidos no escalão. Em relação àquele, apresenta uma nova carroçaria, em consonância com o novo design do carro de série, um motor redesenhado, uma nova caixa de velocidades e novos amortecedores em alumínio que permitem um ganho considerável no peso da viatura. O Ford Fiesta R5 MkII dispõe de um motor de quatro cilindros em linha com cerca de 1.600 cc e, dotado de um turbocompressor com restritor de 32 mm. Debita pouco menos de 300 cavalos e tem um binário de 475 Nm às 4.000 rpm. A transmissão é feita através de um caixa de 5 velocidades da francesa Sadev, as suspensões são fornecidas pela Reiger e os travões pela Brembo. Tem um peso que avizinha os 1.230 kg.

Divertir-me a mim e ao público

Ricardo Teodósio irá usar um novo carro, Skoda Fabia Rally2 Evo como anteriormente, nesta edição do Rali Vinho da Madeira em que pretende “de ser o melhor entre os concorrentes do CPR. Este é um rali difícil e, exceção feita a 2018 em que fui quarto, as coisas não têm corrido tão bem quanto desejávamos. Na Madeira surgem sempre imprevistos, acontece sempre algo ou fazemos uma escolha menos correta. Nessas condições temos tido que correr “atrás do prejuízo”. Em 2021 queremos não ter os problemas de anos anteriores pois, quando as coisas correm bem, é mais fácil. Desejo um bom resultado mas também divertir-me e divertir o público”. Ricardo Teodósio conta 45 anos de idade e, após passar por várias outras modalidades motorizadas, estreou-se nos ralis há 20. Utilizou durante muitos anos várias versões do Mitsubishi Lancer Evo e sempre se destacou pela sua condução exuberante, a entusiasmar o público e uma legião de fãs dedicados. Em 2018 passou para os comandos de um Skoda Fabia R5 e, no ano seguinte, sagrou-se campeão nacional. Em 2020 não venceu nenhum rali e em 2021 é segundo no Campeonato de Portugal de Ralis após ter sido 4º no Rali Terras d’Aboboreira, 3º no Vodafone Rali de Portugal e 2º em Castelo Branco.

Conferência de Imprensa apresentação lista de inscritos RVM 2021

A Comissão Organizadora do Rali Vinho da Madeira vem pelo presente, convidar o vosso meio de comunicação para uma conferência de imprensa para apresentação oficial da lista de inscritos na edição 2021 do Rali Vinho da Madeira. Esta Conferência de Imprensa terá lugar na Avenida Arriaga, junto à sede do Club Sports da Madeira, entidade organizadora da prova, no próximo dia 28 de julho, pelas 17:30. Antecipadamente gratos pela vossa presença. A Comissão Organizadora

Factos do Rali: carros em estreia

O Rali Vinho da Madeira de 2021 será palco da estreia nacional e regional de vários modelos. A prova madeirense foi várias vezes escolhida, por equipas ou mesmo marcas, como cenário dos primeiros quilómetros em competição de muitas viaturas. O evento organizado pelo Club Sports da Madeira serviu mesmo à estreia mundial de dois modelos. Depois de algumas participações, ainda equipado de carburadores, o Lancia 037 Rally Evo 1, já equipado de injeção, e com importantes alterações na carroçaria, fez a sua estreia em competição no Rali Vinho Madeira de 1982 com Andrea Zanussi ao volante. O italiano acabou desistindo devido a problemas de motor no carro da equipa Jolly Club e com as cores da Totip. Já mais recentemente, em 2012, outra viatura a fazer a sua estreia na ilha foi o Lotus Exige R-GT. Desenvolvido por uma estrutura italiana, o modelo britânico surgiu como viatura de segurança em Ypres mas debutou em competição na Madeira com Bernardo Sousa ao volante. O piloto desistiu logo no começo da prova devido a acidente e o projeto acabou por ser abandonado.

Desfrutar ao máximo

O açoriano Luis Miguel Rego volta à Madeira com a intenção de “desfrutar ao máximo e promover os Açores numa ilha fantástica como é a Madeira. “Descobri” o rali o ano passado e considero-o como um dos melhores em asfalto. É uma prova que exige um conhecimento profundo da mesma e, como tal, em 2021 vamos estar a lutar contra nós próprios e a tentar melhorar a nossa performance de 2020. O Rali Vinho da Madeira tem um lote de inscritos muito competitivo e , assim, vamos ir fazendo contas ao longo da prova para saber aonde nos posicionar. Fica a promessa de dar o nosso melhor”. Rego tem 30 anos e começou nos ralis em 2008 com um Mitsubishi Carisma GT. Dois anos depois, passou para os comandos de um Mitsubishi Lancer Evo IX com que prosseguiu a sua aprendizagem,  que passou a dar frutos cerca de um ano e meio após a nova aposta. Em 2016 recebeu os comandos de um Ford Fiesta R5 e obteve o seu primeiro triunfo no campeonato açoriano no ano seguinte. Em 2018 e 2019 sagrou-se campeão regional da modalidade, título que ainda ostenta pois em 2020 não se realizou qualquer prova no arquipélago. Em 2021 representa os Açores no campeonato nacional e é quinto no campeonato do arquipélago vizinho depois de ter desistido na prova inaugural e ser terceiro no Rali Ilha Azul.

Expetativa é grande

Ricardo Gonçalves estará na próxima edição do Rali Vinho da Madeira ao volante de um Renault Clio Rally5, naquela que será a primeira participação do modelo na ilha. O piloto madeirense revela que “a expetativa é grande. Terei também a novidade de dispor de um carro pronto a correr e estarei no seio de uma equipa que dá garantias. Já “namoro” o Rally5 há cerca de dois anos e, apesar de ter tentado correr com a viatura em 2020, ainda não tinha conseguido. Este carro tem boa performance e está na base da nova hierarquia e nomenclatura da modalidade. Deverá ter prestações idênticas às dos “antigos” R2 pois dispõe de um bom motor, transmissão e suspensões. Estou esperançado em poder usufruir desta experiência e num bom resultado, o mais à frente possível”. Gonçalves iniciou-se nos ralis em 2007 com um Toyota Starlet e passou para um Toyota Yaris no ano seguinte e viria posteriormente a conquistar a vitória na competição monomarca com o modelo. Entre 2015 e 2019 esteve quase sempre ao volante de um Citroën C2 R2 e alcançou vários bons resultados na sua classe. Em 2021 já utilizou dois modelos e se desistiu, devido a avaria com um Renault Clio RS na Ribeira Brava, conseguiu completar o Rali do Marítimo com um Citroën Saxo.

700 elementos da PSP garantem em turnos a operação de segurança.

Esta manhã no Centro Operacional do RVM 2021 instalado na Escola Horácio Bento de Gouveia, a equipa operacional do rali, em conjunto com a PSP e a Proteção Civil, acertaram detalhes sobe a operação de segurança na estrada.  A circulação de viaturas e a concentração do público durante os dias do rali, foram temas debatidos entre a direção da prova e os elementos da polícia que este ano, vai distribuir por vários turnos de serviço cerca de 700 efetivos.  Apesar do rali manter praticamente o mesmo figurino, a grande preocupação continua a ser a circulação de viaturas e público. Uma alteração relativamente a 2020, tem a ver com o desfile programado para quinta-feira dia 5 de agosto, ao início da noite, que vai implicar o fecho de uma das vias da Avenida do Mar e das Comunidades, em simultâneo com a Avenida Sá Carneiro, onde será de novo montado o Parque de Assistências.  Numa breve abordagem ao itinerário da edição 2021 do RVM, o subintendente da PSP Fábio Castro, alertou para a particularidade dos locais onde se realizam a 10ª e 14ª PEC’s na Ponta do Sol e a 9ª e 13ª PEC’s em Câmara de Lobos onde vai ser necessário ter uma especial abordagem em termos de Segurança do Rali. Presente no auditório da EHBG estiveram elementos da direção da prova e das equipas de segurança na estrada, que também tiveram uma participação ativa nesta reunião, onde mais uma vez comprovou o excelente grau de interação entre o RVM e o Comando Regional da PSP.

Mensagem Presidente do C.S.Madeira e da Comissão Organizadora do RVM

Bem vindos ao Rali Vinho da Madeira 2021
 O Club Sports da Madeira foi autorizado a organizar a edição 2021 do nosso “Rali Vinho da Madeira”, o maior Evento Sócio Desportivo desta Região Autónoma e que mais do que um Evento Desportivo Internacional, é a festa do automobilismo, tal a forma e a emoção com que as várias gerações de madeirenses, vivem e sentem, o seu “Rali”. Infelizmente, ainda não será este ano, que todo o esplendor do Rali Vinho da Madeira estará nas estradas da Região. Se alguma lição podemos retirar, deste já longo tempo, em que convivemos com o vírus da COVID 19, é que ele é imprevisível e, por isso, ainda mais perigoso. Todos os dias, somos surpreendidos com novas vagas e variantes, com avanços e recuos das medidas de combate à pandemia, pelo que somos obrigados a aplicar a regra de máxima segurança e obrigados a retirar, as partes do programa e percurso da prova, que possam potenciar a concentração de público, mantendo activas todas as regras incluídas no Plano de Contingência aprovado pelas Autoridades de Saúde para a realização deste Evento Desportivo. Tal como na edição do ano passado, contamos com todos vós! Com a vossa responsabilidade e alto sentido cívico. Todos que vão para a estrada têm de ter consciência e o dever de respeitar o distanciamento social e físico, o uso da protecção facial e higienização pessoal. Somos todos chamados a cumprir com as nossas obrigações, de forma a ultrapassarmos esta crise pandémica.  Apelo, em nome pessoal e do Club Sports da Madeira, a todos os que queiram assistir ao rali, que se vacinem. A palavra de ordem é vacinar e testar, para termos um rali seguro, em termos de contaminação local e de Saúde Pública. Mas é imperioso, voltar à festa e à alegria que este Evento Desportivo Internacional incute em todos nós e no seu contributo para a promoção externa da Madeira e para a reanimação da sua actividade económica. Partilho com todos vós, um estudo de mercado que a FIA realizou, recentemente, sobre o impacto que o Desporto Automóvel tem na economia Mundial.  De acordo com os resultados apresentados, o desporto motorizado, a nível mundial, gera um volume de negócios de 160 biliões de euros, 1,5 milhões de empregos directos e indirectos e há mais de 300.000 oficiais de prova, 2,7 milhões de concorrentes/pilotos e 60.700 provas automobilísticas / ano, o que dá cerca de 5.000 7 mês e cerca de 1.200 por semana. Estes números são de uma grandeza impressionante e, nesta fase, que todos estamos a apostar no regresso à normalidade da actividade económica e a dar prioridade à economia e á criação de empregos, podemos ver o real impacto que os Eventos Desportivos têm nos países e regiões, onde são realizados. Dá-nos também a certeza da enorme concorrência que existe em todos os escalões das modalidades automobilísticas organizados sob a égide da FIA – Federação Internacional do Automóvel. Não é este o fórum e o local próprio para se fazer este debate. Quisemos alertar, para as muitas transformações e desafios que se colocam às organizações destes Eventos, não só pelo número de provas, pela sua dispersão geográfica, pelo poder económico e financeiro dos países e regiões e pelas apostas em competições com viaturas com novas fontes de energia, menos poluentes. E Portugal tem de estar na linha da frente, e a nossa Região também, dada a imagem e o prestígio que o Rali Vinho da Madeira conquistou a nível internacional, que tem de ser valorizado e potenciado. Temos também de analisar o forte impacto económico e social dos nossos Eventos Automobilísticos Internacionais na atividade económica do nosso País, da nossa Região e dos nossos concelhos. E teremos de apoiar a organização destas provas para que possamos voltar a integrar a elite dos Ralis Mundiais e Europeus. Face aos constrangimentos orçamentais e à dificuldade de circulação de pessoas e bens, o Club Sports da Madeira, optou por manter o programa e itinerário, semelhante à Edição 2020 do Rali Vinho da Madeira, por forma a reduzir custos e despesas com a sua organização. E a nossa aposta passa, este ano, pelo reforço da presença dos pilotos e concorrentes dos Campeonatos Nacionais e no Campeonato de Ralis Coral Madeira, não deixando de olhar para o mercado espanhol, através do Iberian European Rally Trophy, que estamos convictos, será no futuro uma grande aposta das Organizações de Ralis dos dois países Ibéricos. E está garantida a competição e uma luta desportiva nas estradas da Madeira, no primeiro fim de semana de Agosto, no excelente lote de 50 concorrentes inscritos, temos 31 concorrentes madeirenses, 2 concorrentes espanhóis e 17 concorrentes de Portugal Continental. Realce para a presença dum piloto Prioritário FIA, o madeirense Alexandre Camacho, que integra desde 2019 esta restrita lista, onde apenas constam outros 42 pilotos, a maioria a disputar o Campeonato do Mundo de Ralis, o que é um notável facto a registar de afirmação dos valores madeirenses a nível mundial, também no Desporto Automóvel. A juntar a este Campeão, teremos o Campeão de Portugal em Título – Armindo Araújo e o Campeão da Madeira, Miguel Nunes e muitos ex campeões nacionais, Ricardo Teodósio, Bruno Magalhães, José Pedro Fontes, Bernardo Sousa, Pedro Meireles, Adruzilo Lopes e muitos outros jovens e promissores pilotos, em viaturas das mais competitivas a disputar o Europeu de Ralis, para além de outras estreias de viaturas, na Região e em Portugal. Destaque para a presença do jovem talento espanhol, Jan Solans, piloto oficial da Citröen Espanha e Campeão Mundial Júnior, que fará a sua estreia na nossa Prova Rainha. Estão assim servidas todas as condições para termos mais uma excelente edição do Rali Vinho da Madeira, mesmo com todas as restrições que nos são impostas pelo combate à pandemia da COVID-19 A todos um bom rali, sempre em máxima segurança e na máxima que “O Rali não é do Madeira é da Madeira!” de todos vós.  

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