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BPI e RVM um compromisso de longa data

O BPI é mais uma vez Patrocinador Oficial do Rali Vinho da Madeira, uma parceria que tem vindo a ser renovada desde 1998. A edição deste ano do RVM conta com o Troféu BPI que atribui um prémio monetário aos três pilotos mais rápidos inscritos no troféu. O Diretor da Área Açores e Madeira do BPI, Carlos Lopes, afirma que “O Rali Vinho da Madeira é um dos mais importantes eventos motorizados do país, fruto do empenho e profissionalismo da Comissão Organizadora, staff e voluntários, para o BPI faz todo o sentido renovar a ligação histórica com o RVM, que constitui um motor da promoção turística e económica da região”.  

Verificações são já amanhã

É já amanhã, 6 de agosto, que têm lugar as verificações administrativas e técnicas iniciais da 61ª edição do Rali Vinho da Madeira. As verificações administrativas decorrerão entre as 15h00 e as 18h30 ao ar livre na Praça CR7 e a primeira verificação às viaturas participantes pelos comissários técnicos decorrerá, tal como em 2019, no pontão norte do Porto do Funchal. Estes atos costumam receber a atenção dos muitos fãs da modalidade no arquipélago que veem nesta uma ótima oportunidade para verem mais de perto os seus ídolos bem como poderem observar os muitos pormenores das máquinas que, na estrada, permitirão a emoção da velocidade e da competição.

Esperamos estar fortes

Vencedor das três últimas edições do Rali Vinho da Madeira, Alexandre Camacho apresenta-se à partida para “tentar lutar pelo pódio e com a esperança de sermos competitivos para também tentar nova vitória. Temos a desvantagem de não ter rodado muito com o caro devido ao que aconteceu na Calheta mas esperamos ter um bom ritmo e que o trabalho desenvolvido np último teste nos permita estar fortes. A pressão com que vou encarar este rali é igual ao que acontecia no passado pois já em 2019 também estava “obrigado” a vencer e a conseguir uma boa pontuação”. Com 40 anos de idade, Alexandre Camacho deu os primeiros passos nos ralis em 2001 com um Toyota Yaris Tripulou inúmeras viaturas e na última década esteve ao volante de Peugeot 207 S2000, Porsche 993 GT3, Peugeot 208 T16 e, até ao final do ano passado, Skoda Fabia R5. Estreia-se na Calheta com um Citroën C3 R5. Do seu palmarés nesta modalidade constam seis títulos madeirenses absolutos (2008, 2009, 2015, 2017, 2018 e 2019) assim como a conquista do FIA European Rally Trophy em 2018.

As classificativas do RVM (Dia 2)

PE 9 e 13 – CÂMARA DE LOBOS Câmara de Lobos entrou para o Rali Vinho da Madeira e disputa-se entre o Caminho das Fontainhas e a Est. Ribeira Garcia. Está dividida praticamente em duas metades, a primeira em subida e a segunda em descida. Alterna algumas retas com sequências de curvas muito técnicas e até mesmo algumas sequências de “ganchos” a favorecerem o espetáculo. Também junta zonas de floresta e agrícolas com áreas de casario. Acessos: Por Câmara de Lobos: Cam. Velho Igreja, Cam. Francelheira e Cam. Luzirão   PE 10 e 14 – PONTA DO SOL Ponta do Sol teim início na Est. Vale e Cova do Pico e evolui em zonas muito rápidas em que pelo meio surgem alguns ganchos até ao Carvalhal, zona tradicionalmente de espetáculo nos arruamentos vizinhos ao estádio municipal e a partir tem início uma descida que se torna arrepiante nos últimos metros antes da ribeira da Madalena do Mar Acessos: Pela Ponta do Sol: pelo Cam. Lombo do Meio, pela est. Eng. Ribeiro de Sousa e ER 222   PE 11 e 15 – PONTA DO PARGO Esta é uma prova especial cuja classificação é na maior parte das vezes determinada pela destreza dos pilotos devido ao ser muito exigente nas sequências de ganchos longos e curvas em ambas as direções muito próximas. O seu piso vai do bastante húmido na zona ladeada por árvores ao muito seco e abrasivo nas zonas descobertas. Como é toda muito idêntica ao longo de toda a sua extensão, obriga a boas notas de andamento. Acessos: Pela Ponta do Pargo: caminho municipal que dá acesso ao Pedregal e Serrado   PE 12 e 16 – ROSÁRIO Cruza a ilha na linha imaginária entre São Vicente e a Riveira Brava desde o Rosário à Serra d’Água, passando pela Encumeada. Requer muita condução na subida até à Encumeada e posteriormente uma grande temeridade na descida vertiginosa até final. É uma das provas especiais que junta mais espetadores no Rali Acessos: Sem estradas alternativas de acesso, requer deslocação atempada pelo início e final.

As classificativas do RVM (Dia 1)

PE 1 e 5 – CAMPO DE GOLFE Esta prova especial tem início na ER 207, após a entrada do campo de golfe local e inclui uma pequena sequência de retas até ao Santo da Serra. Daí e até à Fonte de Santo António, o percurso é bastante sinuoso e estreito. Posterior à também muito veloz evolução até à Ribeira de Machico e Portela que antecede nova zona plana até à Serragem no Santo da Serra. Acessos: Pelo Santo da Serra: no cruzamento com a Est. Fonte de Santo António e pelas EM Caramanchão e EM Lombo das Faias. Por Machico: Na Ribeira de Machico (Atenção: Saída de Emergência) e Portela pelo Cam. Fajã dos Rolos. Pelo Porto da Cruz: pela ER 108 (Atenção: Saída de Emergência)   PE 2 e 6 – PALHEIRO FERREIRO A ER 201, vulgo Caminho dos Pretos, é a “catedral” dos ralis madeirenses e no passado poucas eram as provas que não a incluíam no seu itinerário. É realizado “a subir” entre o Palheiro Ferreiro e o Terreiro da Luta com um traçado que mistura quase na perfeição as zonas rápidas com aquelas a requererem muita técnica. Acessos: Pelo Funchal: pelo Cam. São João Latrão, pela Rua Nova Curral dos Romeiros e na Choupana, pelo Cam. Meio e Cam. Terço   PE 3 e 7 – BOAVENTURA Boaventura foi durante longos anos o único troço cronometrado disputado unicamente na zona norte da ilha. Durante muitos anos esteve também ausente do itinerário do Rali Vinho da Madeira. Requer muita técnica na constante mudança entre subidas e descidas e zonas rápidas e lentas num percurso por vezes estreito entre a Boaventura e o Arco de São Jorge. Acessos: Sem estradas alternativas de acesso, recomenda-se a deslocação atempada pelo início e final da classificativa.   PE 4 e 8 – CIDADE DE SANTANA Introduzida há 12 anos no itinerário do Rali Vinho da Madeira tem início nas imediações do centro da freguesia da Ilha e termina na Est. Eiras. É realizada praticamente sempre em subida, exceção feita a algumas zonas planas e muito rápidas. No seu percurso existem zonas muito técnicas em que surgem alguns “ganchos”. A sua disputa é muitas vezes marcada por condições climatéricas diversas da do resto da ilha. Acessos: Por Santana: pelo Cam. Queimadas, pela Est. Padre Agostinho J. Cardoso, pela Rua Joaquim S. Branco (Atenção: Saída de Emergência) e pelo Cam. Feiteira do Nuno.

Bom resultado é a vitória

José Maria “Pepe” Lopez regressa à Madeira e agradece “à organização e à equipa a possibilidade de participar e à Citroën me disponibilizar um carro que me permitiu ser campeão espanhol. Este ano já  disponho de experiência no rali e, como tal, pretendo conquistar um bom resultado, que é (risos) a vitória. Esta prova tem um grande público, muito hospitaleiro, e tem classificativas muito técnicas que exigem muita experiência para se ser rápido. É parecido com o que se encontra nas Canárias mas ainda mais difícil pois há muitas mudanças de aderência”. “Pepe” Lopez cumpre dentro de piuco mais de uma semana 25 anos e estreou-se nos ralis em 2012 com um Peugeot 206. Em 2014 tripulou um Ford Fiesta R2 mas no ano seguinte passou a utilizar um Peugeot 208 R2. Com esse modelo conquistou o Volant Peugeot em 2016. Em 2017 alinhou no campeonato europeu com um Peugeot 208 T16 e no ano seguinte passou para os comandos de um Citroën DS3 R5. Desde 2019, ano em que se estreou na Madeira, conduz um Citroën C3 R5 com que foi campeão do país vizinho.

Lendas do RVM: Lancia Delta S4

O Lancia Delta S4 foi o carro mais potente que alguma vez passou pelo Rali Vinho da Madeira. O modelo italiano era um dos “monstros” do grupo B e permitiu a Fabrizio Tabaton, sobretudo após o abandono de Carlos Sainz, não conhecer oposição na caminhada para aquele que seria o seu primeiro triunfo na ilha. A meio da década de 1980, o S4 impressionava pela sua eficácia. Após a aposta no 037, a Lancia decidiu se converter à tração integral para fazer face à concorrência e em 1985 apresentou o Delta S4 com uma carroçaria em que a função prevalecia sobre a estética e que resultava de muitas horas em túnel de vento. O motor, central traseiro, era de quatro cilindros em linha e tinha 1.759 cc e ostentava um sistema de sobrealimentação duplo, com compressor volumétrico para a entrega de binário a baixa rotação e um turbocompressor para a potência em alta. Oficialmente debitava 480 cavalos mas fontes informais garantem quase mais 80 cavalos. Foi concebido a privilegiar a rapidez de assistência e com materiais que permitiram ter 950 kg, 10 abaixo do mínimo regulamentar.

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