Objetivos pouco ambiciosos

Paulo Meireles regressa, após longa ausência, ao Rali Vinho da Madeira com um Hyundai i20N Rally2. Os seus objetivos nesta edição são “pouco ambiciosos. Temos que atender às nossas limitações pois estive parado cerca de três anos e em 2022 praticamente só fiz ralis em terra. Este rali é lindíssimo mas é também muito exigente. Julgo que já participei quatro vezes mas a última vez que o fiz foi em 2005. Assim, vou procurar chegar ao final e tentar fazer muitos quilómetros, ir ganhando ritmo. Obviamente que vamos tentar o melhor resultado possível e será normal que, ao longo da prova, consigamos ir melhorando a nossa performance.” Paulo Meireles tem 50 anos de idade e fez o seu primeiro rali em 1991 com um VW Golf GTi 16V, viatura que utilizou ao longo de toda essa temporada. Entre 1992 e 1995 pilotou um VW Golf G60 Rallye. Depois da primeira pausa na sua carreira, regressou em 2004 e 2005 com um VW Polo S1600. Em 2018 e 2019 voltou mais uma vez, desta feita aos comandos de um Hyundai i20 R5. Este ano tripula um dos i20N Rally2 da equipa Hyundai/M&Costas. Foi campeão de iniciados em 1992.

RVM com grande entusiasmo e enorme mobilização da população

Decorreu esta manhã, na Empresa de Cervejas da Madeira, um encontro com a comunicação social para apresentação da lista de inscritos com os números atribuídos, para a edição deste ano do Rali Vinho da Madeira. “Há um claro desejo de voltar à normalidade” José Paulo Fontes, presidente da Comissão Organizadora do Rali Vinho da Madeira, salientou, na ocasião o grande entusiasmo e mobilização que se tem feito sentir por parte da população e dos adeptos do deporto automóvel em torno desta edição do RVM, “Sabemos que tivemos os anos de pandemia, que há um claro desejo de regresso a normalidade, e o RVM vai regressar a essa normalidade e vai trazer aquelas provas e aqueles eventos que são sempre do agrado do público. Na edição deste ano teremos o regresso da sessão de autógrafos, é um evento que tanto os pilotos, como a população e os adeptos do automobilismo anseiam, por ser um momento de contacto e convívio.  Há também o regresso da Prova Especial da Avenida do Mar. A organização está a disponibilizar o máximo de lugares, em bons locais para que as pessoas possam assistir a prova, embora respeitando os limites dos lugares disponíveis, bem como os limites da segurança." José Paulo Fontes destacou que a segurança será um ponto prioritário nesta Prova Especial, “queríamos que muitas pessoas estivessem na Avenida do Mar a assistir a prova espetáculo, mas queremos que estejam em segurança”.  Há patrocinadores com 20 anos de ligação ao RVM A ocasião foi aproveitada por José Paulo Fontes, para “agradecer aos seus patrocinadores, especialmente aos seus patrocinadores fidelizados, porque há mais de 20 anos que o RVM tem 4 ou 5 patrocinadores que estão presentes em todas as provas e isso nós temos que reconhecer, vamos verificar as datas desde quando cada patrocinador está para depois prestarmos a devida homenagem por esse facto”.  Neste grupo destacam-se a Empresa de Cervejas da Madeira, a Empresa Madeirense de Tabacos, a Meo, a PT MEO Altice e o BPI que constituem um núcleo de empresas que há muitos anos são os patrocinadores oficiais do Rali Vinho da Madeira. A prova é muito mediática e com grande visibilidade, as empresas  sentem o retorno relativamente àquilo que investem na prova.  Pedro Paixão Pedro Paixão foi recordado neste encontro, “sentimos a falta do Pedro Paixão, era um piloto que gostaríamos muito de ter, infelizmente não poderemos ter, mas sentimos a sua falta e teria com certeza um lugar reservado para ele, para animar e dar mais espectacularidade ao Rali Vinho da Madeira, mas também fazemos isto em memória dele”. O presidente da Comissão Organizadora afirmou que “vamos continuar com a mesma alegria, com a mesma determinação, direi mesmo, com a mesma “Paixão” a viver o automobilismo e a viver o RVM, vamos continuar com a Paixão dele no rali”.  

Rali Vinho da Madeira com lista de inscritos de luxo

Campeão nacional, Ricardo Teodósio ostenta número 1
A 63ª edição do Rali Vinho da Madeira tem uma lista de 61 inscritos em que se destaca a grande qualidade dos concorrentes e das viaturas que estarão na estrada entre os dias 4 e 6 de agosto. A lista da organização do Club Sports da Madeira junta alguns nomes estrangeiros de destaque internacional aos campeões ou principais intervenientes do campeonato nacional dos últimos oito anos e os da competição regional nas duas últimas décadas. Ao longo de três dias vão evoluir nas 17 classificativas dos três dias de competição pilotos do calibre do italiano Simone Campedelli, antigo campeão júnior do seu país e um dos protagonistas do ERC, e dos espanhóis Alejandro Cachon, que defende a Citroën no país vizinho, e Emma Falcon, campeã europeia em 2018. Em liça pelas primeiras posições estarão anteriores vencedores do evento como Alexandre Camacho, Miguel Nunes, Bruno Magalhães ou José Pedro Fontes e muitos outros. Ao volante das 22 viaturas Rally2, vulgo R5, surgem também inscritos concorrentes como Ricardo Teodósio, Bernardo Sousa, Armindo Araújo, Miguel Correia, Pedro Almeida, Pedro e Paulo Meireles, José Camacho, Gil Freitas, Rui Pinto ou José Paula. Da lista constam também os dois potentes Porsche 991 GT3 de Filipe Freitas e Paulo Mendes, o Ford Fiesta Rally3 de Daniel Nunes ou as referências dos carros de tração dianteira com pilotos como Vítor Sá, Rui Jorge Fernandes, Dinarte Baptista, Ivo Sardinha, Renato Pita, Miguel Caires e o regressado João Silva. Notas de destaque merecem também Adruzilo Lopes, na estreia local do Toyota Yaris GR, e Cláudio Nóbrega, “rei do espetáculo” com o seu Datsun 1200.

Matar saudades do Chão da Lagoa

A 63ª edição do Rali Vinho da Madeira recupera alguns traçados não utlizados nos dois últimos anos. Uma das provas especiais abrangidas é a do Palheiro Ferreiro, a mais extensa da organização do Club Sports da Madeira, com 19,01 km. Em 2022 este troço cronometrado volta a incluir a passagem pelo Chão da Lagoa, em pleno Parque Ecológico do Funchal e uma das “instituições” do evento. Os acampamentos e uma grande moldura humana na zona são um dos ícones da prova. Aquela que será as provas especiais 3 e 5 tem início na ER 201, vulgo Caminho dos Pretos, junto a São João Latrão, em direção ao Terreiro da Luta e, este ano, sem passar pelo salto junto ao estádio do CD Nacional. No entroncamento com a ER 103, a caravana sobe para o Portão Sul do Chão da Lagoa e daí para a saída norte do parque. Segue-se a vertiginosa descida para o Poiso, com uma chicane no cruzamento daquela localidade, e a prossecução na ER 202, por mais cerca de 500 metros, na direção do Santo da Serra.

Ganhar RGT

Filipe Freitas volta a participar no Rali Vinho da Madeira com o objetivo de “ganhar o grupo RGT. Não temos qualquer objetivo fixado em termos de classificação geral. Veremos, no começo da prova, onde nos situamos mas vamos tentar terminar o mais à frente possível e tentar ombrear com os nossos adversários que tripulam R5. O conhecimento das estradas pode ser determinante nesse aspeto. Pretendemos um rali sem percalços e com um ritmo forte”. Desde abril que os pilotos, um pouco por toda a Europa, que utilizam Porsche RGT se debatem com a indisponibilidade dos únicos pneus homologados para ralis pela federação internacional. De forma a poderem participar no Rali Vinho Madeira, as equipas com estas viaturas terão garantido da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting uma derrogação no sentido de “montarmos pneus de circuito usados e com rasgos. Foi entendido, através de vários contactos, que a situação não era nossa má vontade e que, com a solução encontrada, não teríamos qualquer vantagem competitiva”. Filipe Freitas conta 50 anos de idade e estreou-se nos ralis como navegador em Citroën AX GTi em 1998. Passou para o volante em pleno no ano seguinte e rapidamente se destacou nas fórmulas de promoção. Passou por inúmeras viaturas mas utiliza Porsche RGT desde 2019. Foi campeão regional de 1.600 cc em 2009 com um Renault Clio S1600 e de RGT há dois anos. No seu palmarés conta com dois títulos regionais absolutos, o de 2013 com Mitsubishi Lancer Evo X e o de 2016 já com Porsche 911 GT3.

Segurança do RVM na ordem do dia

Decorreu hoje, nas instalações dos Serviços Regionais de Proteção Civil, um encontro que reuniu diversas entidades para abordar questões relacionadas com a segurança do RVM. No local estiveram representantes do Serviços de Proteção Civil; do Instituto da Florestas e Conservação da Natureza e da Polícia de Segurança Pública. Da parte da organização participaram o Presidente da Comissão Organizadora, o Diretor da Prova e elementos das diversas equipas envolvidas na realização do RVM.   

RVM é prova de excelência

José Paula é um dos pilotos interessados na conquista de um bom resultado no FIA ERT Iberian Rally Trophy, competição que integra o Rali Vinho da Madeira. O piloto do Citroën C3 Rally2 encara esta participação na organização do Club Sports da Madeira “como parte do projeto que delineamos este ano. Se as coisas nos correrem bem, planeamos estar presentes nas restantes provas do troféu. O Rali Vinho da Madeira é uma participação de excelência. Espero reencontrar uma excelente organização e uma moldura humana fantástica, que nos recebe com carinho. Encaro este rali com algumas ambições mas, sobretudo, terminar. Vou tentar entrar com alguma rapidez, ver onde me posiciono e, então, tentar atingir um resultado importante. Motivação e vontade existem…” Paula, residente na ilha do Pico, estreou-se nos ralis em 2006 com um Peugeot 205 GTi. Passou depois para os comandos de um VW Golf G60 e utilizou entre 2010 e 2016 um Mitsubishi Lancer Evo IX. Em 2018 adquiriu um Peugeot 208 T16 com que chegou ao pódio nalguns eventos. Em 2022 foi 15º no Rali Terras d’Aboboreira e no Rali Vinho da Madeira utilizará a mesma viatura que Bernardo Sousa levou ao triunfo no Rally de Lisboa.

"As voltas da Volta" conta a história da I Volta à Ilha da Madeira em automóvel

Na próxima sexta-feira será inaugurada a exposição “As Voltas da Volta”, pelas 12 horas, no Museu de Fotografia da Madeira – Atelier Vicente’s.  Integrada no programa do Rali Vinho Madeira, esta exposição visa contar a história da I Volta à Ilha da Madeira em automóvel, que se realizou a 16 de junho de 1959, assim como das provas automobilísticas que a antecederam: a Rampa dos Barreiros, organizada pelo Automóvel Clube de Portugal, em 1935; a gincana do Club Sports Madeira, em 1936, o I e II Rallye Automóvel da Madeira, respetivamente em 1948 e 1949, da responsabilidade do Rotary Club do Funchal.  São 64 fotografias, todas da Casa Fotográfica Perestrellos e alguns objetos, generosamente cedidos, para esta exposição, por particulares e pelo Club Sports Madeira, que evocam memórias – dos participantes, dos pilotos, dos vencedores, das máquinas, mas também das motivações que, historicamente, construíram esta prova, nomeadamente o envolvimento nas festas da cidade, a angariação de fundos para a luta contra a tuberculose e a promoção turística da Madeira.  De mãos dadas, nesta exposição, a cultura e o turismo, o desporto e a elegância acrescentam um outro olhar sobre este evento que apaixona madeirenses e forasteiros. Trata-se de mais um contributo no sentido da construção da identidade de uma Região que preserva a sua memória e que se orgulha da sua História.”  Para o dia de abertura da exposição, data em que o Museu celebra três anos desde a sua reabertura, foi elaborado um programa diversificado que contará com o seguinte: - Madeira de honra logo após a abertura da exposição; entrevistas exclusivas e em direto para a rádio TSF/DN com intervenientes no mundo automobilístico das 12h00 às 17h00; “Pátio de Memórias de outros Tempos” com Celso Velosa e Israel Rodrigues e que evocarão o melhor da música dos anos 60, 70, 80 e 90 das 17h00 às 20h00; momento musical com a Associação de Jazz da Madeira  - Melro Preto às 20h30;  Twists & Turns por DJ Sofia Fellini das 21h30 às 23h00.  No pátio do Museu encontrar-se-á um automóvel que participou na I Volta à ilha da Madeira de 1959 (BMW Isetta). SRTC

Adivinha-se prova animada

Rui Jorge Fernandes arranca para mais um Rali Vinho da Madeira, prova que adivinha “muito animada, com muita luta na estrada. Um pouco à semelhança do que já aconteceu nas últimas provas. Queremos vencer a classe mas a concorrência está mais forte, o que nos obrigou a trabalhar ainda mais. Fizemos algumas alterações no carro, a ver se surge efeito. A nossa vontade é arrancar determinados e sermos fortes já na primeira classificativa. Os nossos carros estão muito bem preparados e não antevejo problemas de maior mesmo com a extensão que este rali tem. Nem mesmo ao nível do desgaste de pneus pois, mesmo grande, acaba por não ser assim tão exigente…” Com 32 anos de idade, Rui Jorge Fernandes fez a sua estreia nos ralis em 2008 com um Skoda Fabia TDi RS. Passou depois pelo volante de Citroën Saxo e Citroën C2 e cedo se destacou com um dos melhores utilizadores de viaturas de tração dianteira. Utilizou várias versões de Mitsubishi Lancer e em 2019 adquiriu o Renault Clio R3T que ainda tripula. Com esta viatura e fazendo equipa com João Pedro Freitas, foi campeão regional do escalão em 2020 e 2021.

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