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Como vai o Campeonato da Madeira de Ralis Coral?

O campeonato madeirense de ralis teve início a meados de março em São Vicente. Ali, Alexandre Camacho manteve o ascendente da época anterior e João Silva aproveitou da melhor forma os problemas de Miguel Nunes no acerto do Hyundai i20 R5 para ser segundo classificado. Outro piloto a se debater com dificuldades na sua viatura foi Pedro Paixão, quarto na frente de Rui Pinto. Cerca de um mês depois, Machico marcou o regresso aos triunfos de Miguel Nunes. O piloto do Hyundai soube manter a cadência certa e estar no lugar certo para aproveitar um erro de Pedro Paixão, líder durante muito tempo, e um problema mecânico de Alexandre Camacho quando tentava passar para a frente. João Silva desistiu e Rui Pinto cortou a meta na quarta posição. A meio de maio o campeonato rumou à Calheta para nova vitória expressiva de Alexandre Camacho. Miguel Nunes foi segundo e Rui Pinto terceiro depois de ter ultrapassado na última classificativa Pedro Paixão. Já no começo de junho, Miguel Nunes reequilibrou as contas ao vencer na Ribeira Brava num rali em que na segunda etapa esteve imbatível. Alexandre Camacho terminou na segunda posição e Pedro Mendes Gomes foi terceiro, beneficiados pelo abandono de Pedro Paixão, que rodou sempre muito perto do líder. Há cerca de três semanas, Alexandre Camacho voltou a fazer a balança pender a seu favor com novo triunfo em que teve que se empenhar para bater um muito motivado Miguel Nunes. Pedro Paixão completou o pódio na frente de José Pedro Fontes e Gil Freitas. Após o Rali Vinho da Madeira, o calendário local apenas prevê o Rali Municípios do Funchal e Câmara de Lobos. Classificação: 1º Alexandre Camacho, 126; 2º Miguel Nunes, 113; 3º Pedro Paixão, 71; 4º Rui Pinto, 48; 5º Bruno Fernandes, 38; 6º Vítor Sá, 35; 7º Gil Freitas, 34; 8º Artur Quintal, 22; 9º Paulo Mendes, 22; 10º João Silva, 20; 11º Paulo Nunes, 19; 12º Dinarte Baptista, 14; 13º Nuno Ferreira, 14; 14º Filipe Pires, 12; 15º Filipe Freitas e Luis Serrado, 10; 17º Renato Pita, 10; 18º Roberto Martins, 4; 19º Ilídio Sardinha, 4; 20º Bruno Coelho, 4; 21º Tiago Nunes, 3; 23º Narciso Andrade, Carlos Silva e Edgar Sousa, 2; 26º António Abel e Ricardo Gonçalves, 1.

Coordenação entre diversas equipas é fundamental para boa operacionalidade

Realizou-se esta tarde no centro operacional do RVM instalado no Madeira Tecnopolo uma reunião conjunta das equipas de controlo e segurança onde estiveram presentes o director da prova Pedro Araújo, o adjunto da direcção Filipe Sousa, o responsável pelo plano de segurança do rali Luís Madruga e o coordenador de controlos Mariano Silva. Durante a reunião foi dada ênfase à importância de haver uma estreita colaboração entre as partes para que seja garantida uma boa operacionalidade na estrada durante o rali.

FIA ERT: O que é e como funciona?

O FIA European Rally Trophy nasceu em 2014 e sucedeu à Taça da Europa de Ralis. Nos moldes atuais, este é um troféu europeu de ralis que está dividido em sete regiões geográficas. Existem as zonas Alpine, que engloba países como a França, Itália e Suiça, em torno dos Alpes, Balkan, integrando países como a Bulgária, Roménia, Turquia e Sérvia, ao longo dos Balcãs, Baltic, para países como a Letónia, Estónia e Suécia, banhados pelo Báltico, Benelux para Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo, Celtic, reservado à Irlanda e Reino Unido, Central, com países centrais como a Áustria, Rep. Checa, Croácia, Eslovénia, Polónia ou Alemanha, e ainda Iberian para Portugal e Espanha. Em todas estas zonas são obtidos campeões não só ao nível absoluto (ERT1) como ainda para viaturas RC2N e alguns RGT (ERT2), pilotos com viaturas de duas rodas motrizes (ERT3) e Junior, para pilotos com menos de 27 anos. De todas as zonas, os cinco primeiros classificados de cada escalão estão também apurados para a Final. É nessa Final que se atribui o título em todos os escalões. Em 2019 a Final terá lugar no Rallye International du Valais, a disputar na Suíça entre 16 e 19 de outubro mas nos dois últimos anos teve como palco o Rali Casinos do Algarve, em Portugal.

Alexandre Camacho: “Empenhados ao máximo”

A presente época em sido para Alexandre Camacho “aos altos e baixos. Ganhamos ralis e outros não, por uma razão ou outra mas também porque a concorrência é bastante forte. Este tem sido um campeonato bastante competitivo. Neste rali ambicionamos lutar pela vitória e ganhar pela terceira vez consecutiva. Será muito difícil isso acontecer pois estarão presentes muitos bons pilotos, uns sete ou oito no mesmo nível. Temos que estar empenhados ao máximo. Julgo que, vencendo, podemos ser campeões regionais e tal sucesso teria sabor duplo. Este é um rali “à parte” no campeonato em que pretendemos um bom resultado. Vamos trabalhar e lutar para isso”. Com 39 anos, Camacho realizou a sua estreia nos ralis em 2001 com um Toyota Yaris. Conquistou em 2018 o título no FIA European Rally Trophy e é o único piloto com notoriedade FIA a alinhar neste Rali Vinho da Madeira. O campeão regional de 2008, 2009, 2015, 2017 e 2018 é nesta altura o guia da classificação do Campeonato da Madeira de Ralis Coral.

Giandomenico Basso: “Espero poder lutar pela vitória”

Giandomenico Basso considera que, “até agora, 2019 está a ser um bom ano. Mudamos para uma equipa pequena, com um orçamento limitado, e já vencemos dois ralis do campeonato italiano, um dos quais do ERC. Neste momento poderemos dizer que tudo está a correr bem melhor do que esperávamos. O Rali Vinho da Madeira é um dos meus preferidos e este ano surgiu a hipótese de participar com um carro da Delta Rally, que desconheço. Nesta altura só me resta esperar que esse carro seja competitivo e que nos permita poder lutar pela vitória”. O italiano, que cumpre 46 anos em setembro, iniciou a sua carreira nos ralis em 1997 com um Fiat Cinquecento. Desde então e até 2010 esteve praticamente sempre ao volante de carros da marca italiana, que representou oficialmente durante muitas épocas. Também foi piloto oficial da Proton. Basso, que venceu o Rali Vinho Madeira em 2006, 2007, 2009 e 2013, foi campeão europeu em 2006 e 2009, venceu o IRC em 2006, o TER em 2017 e 2018 e foi campeão italiano em 2007 e 2016. Neste momento, a tripular um Skoda Fabia R5, é o líder do campeonato do seu país.

Navio Monte da Guia ainda hoje no Caniçal

Prevê-se que chegue ainda hoje ao Porto do Caniçal o Navio Monte da Guia que transporta a maioria das viaturas que irão participar no RVM 2019. O navio partiu com atraso do Porto de Leixões, estando o desembarque das viaturas agendado para esta noite. O processo está a ser articulado entre a organização do RVM, a Alfândega do Funchal e o transitário. As equipas serão informadas dos desenvolvimentos desta operação.

Muitos pilotos em testes

Ao longo do dia de hoje e de amanhã serão muitos os concorrentes que estão e estarão na estrada a proceder aos últimos acertos com vista à sua participação no Rali Vinho da Madeira. Estas ações têm lugar em estradas que não serão utilizadas no itinerário comum da prova organizada pelo Club Sports Madeira pois os reconhecimentos do percurso apenas têm início amanhã, 30 de julho, e prolongam-se até ao final de quarta-feira, 31 de julho.

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