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Bom resultado é a vitória

José Maria “Pepe” Lopez regressa à Madeira e agradece “à organização e à equipa a possibilidade de participar e à Citroën me disponibilizar um carro que me permitiu ser campeão espanhol. Este ano já  disponho de experiência no rali e, como tal, pretendo conquistar um bom resultado, que é (risos) a vitória. Esta prova tem um grande público, muito hospitaleiro, e tem classificativas muito técnicas que exigem muita experiência para se ser rápido. É parecido com o que se encontra nas Canárias mas ainda mais difícil pois há muitas mudanças de aderência”. “Pepe” Lopez cumpre dentro de piuco mais de uma semana 25 anos e estreou-se nos ralis em 2012 com um Peugeot 206. Em 2014 tripulou um Ford Fiesta R2 mas no ano seguinte passou a utilizar um Peugeot 208 R2. Com esse modelo conquistou o Volant Peugeot em 2016. Em 2017 alinhou no campeonato europeu com um Peugeot 208 T16 e no ano seguinte passou para os comandos de um Citroën DS3 R5. Desde 2019, ano em que se estreou na Madeira, conduz um Citroën C3 R5 com que foi campeão do país vizinho.

Lendas do RVM: Lancia Delta S4

O Lancia Delta S4 foi o carro mais potente que alguma vez passou pelo Rali Vinho da Madeira. O modelo italiano era um dos “monstros” do grupo B e permitiu a Fabrizio Tabaton, sobretudo após o abandono de Carlos Sainz, não conhecer oposição na caminhada para aquele que seria o seu primeiro triunfo na ilha. A meio da década de 1980, o S4 impressionava pela sua eficácia. Após a aposta no 037, a Lancia decidiu se converter à tração integral para fazer face à concorrência e em 1985 apresentou o Delta S4 com uma carroçaria em que a função prevalecia sobre a estética e que resultava de muitas horas em túnel de vento. O motor, central traseiro, era de quatro cilindros em linha e tinha 1.759 cc e ostentava um sistema de sobrealimentação duplo, com compressor volumétrico para a entrega de binário a baixa rotação e um turbocompressor para a potência em alta. Oficialmente debitava 480 cavalos mas fontes informais garantem quase mais 80 cavalos. Foi concebido a privilegiar a rapidez de assistência e com materiais que permitiram ter 950 kg, 10 abaixo do mínimo regulamentar.

Vinho Madeira para os campeões do RVM 2020

Os concorrentes vencedores do Rali Vinho da Madeira 2020 serão presenteados com uma garrafa de vinho Madeira, iniciativa do Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira e de 3 empresas do sector. Para o piloto e copiloto que subirem ao primeiro lugar do pódio a Justino’s Madeira Wines, S.A irá oferecer 2 garrafas de Boal 1964.  Para o 2º Classificado a Vinhos Barbeito (Madeira), Lda irá oferecer 2 garrafas TN 20 anos do projeto Ribeiro Real e para o 3º classificado a Madeira Wine Company, S.A. escolheu 2 garrafas de Blandy's 10 anos Bual. O Vinho Madeira sempre esteve associado a grandes momentos, a subida ao pódio do top 3 vencedor do RVM 2020 será com certeza um desses grandes momentos.

Um Rali diferente, num mundo diferente

Decorreu esta manhã uma reunião de trabalho entre a Comissão Organizadora do RVM e responsáveis da Secretaria Regional da Saúde e Proteção Civil. Em cima da mesa, esteve em análise o Plano de Contingência preparado pela organização para a prova deste ano.  O Secretário Regional da Saúde e Proteção Civil acredita que este será um Rali diferente, porque vivemos num mundo diferente. Pedro Ramos defende que a Madeira tem condições epidemiológicas e sanitárias favoráveis e mais uma vez o povo da Madeira vai dar o bom exemplo, cumprindo as regras. As duas instituições reunidas têm uma preocupação em comum: garantir que o RVM 2020 seja um rali seguro tanto na estrada, como fora.   José Paulo Fontes, Presidente da Comissão Organizadora, não deixa de salientar o trabalho desenvolvido pelas Autoridades de Saúde no combate à pandemia. A organização tem duas prioridades: a segurança dos espectadores e concorrentes e preparar a prova em termos de competição garantindo o brilho dos anos anteriores. Esta edição do RVM poderá ser uma imagem de marca, refletindo o bom trabalho feito na Madeira, mas tal só será possível com a ajuda de todos. A par da reunião, a comissão organizadora apresentou o Passa-montanhas do RVM 2020, trata-se de um acessório versátil, que estará à venda na Boutique do Rali na Avenida Arriaga.

Lendas do RVM: Jean-Pierre Nicolas

Jean-Pierre Nicolas foi o primeiro piloto estrangeiro a vencer a Volta à Ilha da Madeira, antiga denominação do Rali Vinho da Madeira. O francês conseguiu tal feito com Renault R8 Gordini em 1967, altura em que a prova madeirense dava os seus primeiros passos na internacionalização de um evento concebido também como veículo promocional do destino turístico. Nicolas era um piloto que gostava de provas longas e duras e a prova madeirense era uma das difíceis de então. Jean-Pierre Nicolas nasceu em 1945 e estreou-se nos ralis em 1963 como co-piloto do seu pai. Passou para o volante no ano em que esteve presente na Madeira. Em 1970 começou a tripular Alpine A110 e foi com esse modelo que foi campeão do seu país em 1971. Em 1973 iniciou uma longa ligação à Peugeot que só terminou em 1984 depois de ter sido um dos pilotos que desenvolveu e estreou o Peugeot 205 Turbo 16. Ganhou cinco ralis do campeonato mundial e é, a par de Hannu Mikkola, um dos pilotos a ter ganho as três etapas africanas daquela competição, Marrocos, Quénia e Costa do Marfim. Hoje é consultor de marcas e competições.

Lutar pelo pódio

Bruno Magalhães arranca para esta edição do Rali Vinho da Madeira disposto “a tentar lutar pelo pódio. Julgo que, se o conseguir, serei o primeiro piloto a o conseguir em nove ocasiões. O meu objetivo na Madeira era, por norma, tentar discutir a vitória mas desta vez temos também de pensar no Campeonato de Portugal de Ralis. Nesse contexto, a nossa principal meta é ser os melhores entre as equipas inscritas nessa competição. Para além disso, os pilotos madeirenses estão muito rápidos”. Bruno Magalhães tem 40 anos de idade e começou nos ralis em 1999 com um VW Golf GTi. Até 2001 tripulou algumas versões de Mitsubishi Lancer em 2002 iniciou uma longa ligação à Peugeot que haveria de terminar apenas em 2015 após tripular vários modelos. Passou pelos comandos de um Ford Fiesta R5, duas temporadas com Skoda Fabia R5 e, desde o começo de 2019, com um Hyundai i20 R5. Venceu o Rali Vinho da Madeira quatro vezes (2011, 2012, 2014 e 2015), foi campeão nacional em três anos e ainda vice-campeão europeu em 2017

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