Privilegiar o campeonato da Madeira

Renato Pita alinha no Rali Vinho da Madeira com o habitual Peugeot 208 Rally4 e, “tal como definido no começo ano, o nosso objetivo será o campeonato da Madeira de duas rodas motrizes. Queremos voltar a lutar com o Artur Quintal, Pedro Macedo e Dinarte Baptista para manter a segunda posição nessa competição, já que o João Silva tem se mostrado inatingível. Acabamos por não incluir a copa ibérica mas será bom termos muitos adversários em carros semelhantes para ver onde nos posicionamos, nunca fugindo ao que está traçado. Este é um rali longo e optamos por alterar alguns componentes mecânicos. Vou aproveitar a experiência de 2022 com o excelente entrosamento, em bom ambiente, com a minha navegadora, Rubina Gonçalves, uma mais-valia para o projeto”. Nascido em 1976, Renato Pita começou nos ralis em 2005 com um Peugeot 106 Rallye. Desde então esteve ao volante de carros tão díspares como um Nissan Micra 1.3, várias versões de Mitsubishi Lancer Evo ou Renault Clio R3. Desde 2012 que tripula viaturas de tração dianteira e foi presença assídua no ERC e TER com Peugeot 208 R2 e Ford Fiesta R2. Nessas participações, conquistou o título de 2RM no Ter de 2017. Em parceria com a BP, desenvolve há muitos anos sensibilizações no campo da segurança rodoviária.

Lugar entre os dez primeiros

Pedro Mendes Gomes regressa ao Rali Vinho da Madeira com um VW Polo Rally2 e quer se “divertir ao máximo. Não consigo imaginar aonde poderemos chegar pois será muito difícil andar na frente tal a concorrência. Estamos parados há 3 anos e neste momento o ritmo dos principais pilotos é muito forte. Vamos aproveitar a experiência. Realizamos um teste em Espanha, em que experimentamos mesmo dois tipos de pneus, e o carro pareceu-nos muito bom. Ficamos surpreendidos. Agora teremos que o adaptar às estradas locais. Seria muito bom repetirmos um lugar entre os dez primeiros classificados”. O piloto completa na próxima semana 45 anos de idade e a sua estreia nos ralis aconteceu em 1998 com um Fiat Cinquecento. Passou também por um Toyota Starlet e por um Citroën Saxo. Venceu competições monomarca com estes três modelos. Dispôs depois de duas variantes do VW Golf, III e IV, Kit-Car com que subiu regularmente aos pódios dos ralis locais. Em 2005 disputou o campeonato nacional com um Skoda Fabia TDi RS e no ano seguinte voltou ao campeonato da Madeira com um Mitsubishi Lancer Evo VII. Esteve praticamente parado até 2018 quando disputou um troféu com um Citroën DS3 R1. As suas últimas participações remontam a 2019 com um Peugeot 208 T16 R5.

Gozar o máximo que pudermos

Dinarte Baptista alinha no Rali Vinho da Madeira “com os mesmos objetivos de sempre numa prova tão longa. Queremos terminar mostrando um bom andamento. Neste rali seremos visitados por muitos pilotos da nossa classe mas não vamos entrar em lutas a esse nível. Ainda não tempos capacidade para tal pois não dispomos dos meios para isso. A nossa realidade é outra. Vamos nos concentrar no campeonato da Madeira e rodar o máximo que pudermos em classificativas míticas. Até para conhecer melhor o carro. Queremos, sobretudo, gozar a semana toda, o máximo que pudermos”. Baptista tem 46 anos de idade e deu os primeiros passos na modalidade no ano 2000 com um Opel Corsa A GSi. Desde então esteve ao volante de modelos como o Toyota Starlet, Citroën Saxo, Citroën C2 R2 e, mais recentemente, Renault Clio R3. Para a temporada 2023, o piloto adquiriu o Renault Clio Rally4 com que tem alinhado nas provas já disputadas do campeonato madeirense de ralis e em que, por três vezes, foi quarto no escalão. Nunca alcançou nenhum título mas tem estado de forma regular nas primeiras posições das competições em que se encontra empenhado.

Continuar a evolução

Miguel Caires arranca com o Skoda Fabia R5 para um Rali Vinho da Madeira em que tem como objetivo, “antes de mais, desfrutar desta verdadeira gala do desporto automóvel. Este é um ano especial, com uma lista fantástica, em que quatro ou cinco pilotos podem lutar pela vitória e em que deve haver lutas interessantes nas várias classes. Vamos nos concentrar em continuar a nossa aprendizagem e o nosso caminho de evolução, o que temos vindo a fazer prova a prova. O Rali Vinho da Madeira é muito longo e, como tal, tempos maiores possibilidades de aprender. Ainda mais com tantos concorrentes. A nível pessoal, seria uma vitória conseguir levar colocar o nosso carro entre os dez primeiros classificados”. Com 41 anos de idade, Miguel Caires iniciou-se nos ralis em 2019 com um Peugeot 208 R2. No ano seguinte passou para os comandos de um Ford Fiesta Rally4 e o ano passado, já com um Renault Clio Rally4, foi campeão da classe. Em 2023 tripula um Skoda Fabia R5 e é terceiro classificado no campeonato madeirense. Como preparação para o Vinho da Madeira, alinha na próxima semana no Rally di Roma Capitale, evento italiano do ERC.

Pódio das duas rodas motrizes

Artur Quintal alinha no Rali Vinho da Madeira com o habitual Peugeot 208 Rally4, com o qual pretende “estar na luta pelo pódio dos concorrentes com viaturas de duas rodas motrizes. Como julgo que serão os Rally4 a liderar a categoria, gostava também de estar entre os três primeiros da Peugeot Rally Cup Ibérica, em que vamos estar inseridos. Estamos curiosos e ansiosos por fazer parte de uma competição monomarca com tantos concorrentes. Os madeirenses terão a vantagem do conhecimento do terreno, que aqui é importante e tem se mostrado importante mais-valia sempre que alguém nos visita. Vamos trabalhar no acerto e na descoberta do carro para sermos mais rápidos, o que nos tem faltado”. Quintal tem 33 anos de idade e começou nos ralis em 2014 com um Toyota Starlet. Manteve essa viatura até 2016, ano em que se mudou para o volante de um Citroën C2 R2. Em 2018 a montada passou a ser um Peugeot 208 R2 e esteve sempre nos primeiros lugares da classe até 2019. O ano passado trocou para um mais recente Peugeot 208 Rally4 e tem estado no pódio do escalão nos ralis regionais.

Ter sempre objetivos na vida

Duarte Abreu regressa, com um Skoda Fabia Rally2 Evo,  à modalidade no Rali Vinho da Madeira, uma prova em que o objetivo é “acima de tudo, terminar, e fazer esquecer o último em que participei. Arranco sem quaisquer metas desportivas ou de classificação. Quero, sobretudo, fazer ver a todos que, mesmo vítima de doença e passados 16 anos que soube dessa, vou fazer o Rali Vinho da Madeira. Consegui montar este projeto com a ajuda da Delta Rally e Vespas, entre outras empresas, e quero mostrar também aos mais jovens que as coisas podem sempre se fazer amanhã. Há 14 anos que estou fora e sei as dificuldades que me esperam. As pessoas têm de ter sempre objetivos. Esta não é uma despedida e pretendo voltar a esta prova daqui a 10 anos.”  Duarte Abreu tem 61 anos de idade e, após o karting, iniciou-se nos ralis em 1990 com um Renault 5 GT Turbo. Esteve ao volante de carros como o Peugeot 205 GTi, Citroën Saxo, Peugeot 306 Maxi, Ford Escort Maxi Kit-Car, Peugeot 206 S1600 e Fiat Punto S1600. Foi um dos grandes impulsionadores dos ralis na Madeira com a criação de competições monomarca como aquelas disputadas com os Fiat Cinquecento, Toyota Starlet e, posteriormente, Toyota Yaris, assim como servindo de elo de ligação dos pilotos locais aos grandes preparadores internacionais.

Alpine A110 RGT estreia na Madeira

O Rali Vinho da Madeira será, com Gil Freitas ao volante, o palco dos primeiros quilómetros competitivos do Alpine A110 RGT na ilha. O modelo da casa francesa é muito eficiente em asfalto e, desenvolvido em parceria com a Signatech, foi apresentado publicamente em meados de 2019. Desde então, tem brilhado em competições monomarca mas também em campeonatos internacionais no quadro do agrupamento e recuperado o espírito de uma marca que venceu o primeiro campeonato mundial da especialidade em 1973. Com cerca de 4,18m de comprimento, 1,80 de largura e 1,25 de altura, a viatura tem um peso de 1.080 kg. O motor utilizado, e colocado centralmente na traseira, é de quatro cilindros em linha turbocomprimido, com cerca de 1.800 cc, e debita cerca de 300 cavalos. A transmissão é feita às rodas traseiras através de uma caixa sequencial de 6 velocidades. Com uma suspensão desenvolvida especificamente e assente em amortecedores de 3 vias, o Alpine usa travões da Brembo de 4 pistões na dianteira e pistão único na traseira. As rodas são de 18 polegadas.

84 inscritos no Rali Vinho da Madeira

São 84 os concorrentes que já formalizaram a sua inscrição para a próxima edição do Rali Vinho da Madeira, que estará na estrada entre os dias 3 e 5 de Agosto. Na lista de inscritos, a ser revelada a 26 de julho, deverão constar 8 pilotos estrangeiros e 76 portugueses, divididos por 23 continentais, 52 madeirenses e 1 açoriano. A competição será animada pois aquele rol juntará nomes como os de Kris Meeke, Giandomenico Basso, Simone Campedelli, Diego Ruiloba, José Pedro Fontes, Ricardo Teodósio, Miguel Correia, Ricardo Teodósio, Armindo Araújo ou dos madeirenses Bernardo Sousa, Alexandre Camacho e Miguel Nunes, entre outros. A qualidade das viaturas presentes na ilha é também uma garantia pois estão inscritas 22 equipas em Rally2, vulgo R5, em modelos como o Skoda Fabia RS Rally2, que faz a sua estreia no arquipélago, Ford Fiesta Rally2, Citroën C3 Rally2, Skoda Fabia Rally2 Evo ou VW Polo Rally2. Serão 5 os RGT à partida, 4 Porsche 991 GT3 e o Alpine 110 RGT que Gil Freitas estreia em solo madeirense. A emoção será transversal a toda a lista de inscritos e para tal também contribuirão os 24 concorrentes com viaturas Rally4, Peugeot 208, Renault Clio e Ford Fiesta. A organização do Club Sports da Madeira integra o FIA European Rally Trophy, competição remodelada este ano e que agora inclui apenas 19 eventos, o Campeonato de Portugal de Ralis e o Campeonato de Ralis Coral da Madeira. Para além destas, a prova dirigida por Pedro Melvill Araújo também faz parte da Peugeot Rally Cup Ibérica, competição monomarca disputada com Peugeot 208 Rally4 e que traz à Madeira 11 equipas. O número de inscritos, superior ao máximo previsto de 75, poderá levar a algumas alterações logísticas no evento.

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